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Sem nunca ter sido eleito para um cargo político, o advogado Antonio Rueda, de 49 anos, chegou ao comando do União Brasil em março de 2024. Pouco mais de um ano depois, ajudou a consolidar a
federação União Progressista Brasileira (UPB), a partir da junção com o Progressistas, presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI). Com a maior bancada do Congresso nas mãos — 109 deputados
federais e 14 senadores —, Rueda já faz os cálculos para 2026 e afirma que a oposição é favorita contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto. Em
participação no CNN ENTREVISTAS, Rueda declarou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é "um excelente nome para pleitear a Presidência da República",
mas avalia que ele tem dialogado pouco com a política. “Não sei se ele é o nome que tem mais capacidade de juntar todos os partidos. A política é o exercício do diálogo. E o Tarcísio tem
dialogado pouco com a política”, disse. O presidente do União chega a comparar o estilo de Tarcísio com o de Lula. Na visão dele, ambos governam de forma distante dos partidos. “Eu também
faço essa crítica ao Tarcísio. Ele também governa muito distante dos partidos. O governo dele tem dado certo; o do Lula, menos certo”, afirmou Rueda. Embora a federação União Progressista
tenha quatro ministérios no governo federal, Rueda critica o isolamento político de Lula: “Ele (Lula) se fechou dentro de um círculo muito pequeno. Não sei qual foi a estratégia — nunca
discuti com ele —, mas é aquele círculo do PT. Então, se ele quer discutir o Brasil, eu tenho certeza de que o União Brasil tem ideias boas. Tenho certeza de que o PP tem ideias boas, o
Republicanos também. Esse ecossistema tem muitas lideranças qualificadas. Jamais houve essa interlocução, essa vontade de diálogo em prol do Brasil.” Na avaliação do dirigente, o cenário
eleitoral só deve ser discutido em 2026, apesar de nomes do centro e da direita já se colocarem como potenciais candidatos, entre eles o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Caiado
lançou sua pré-candidatura em abril, sem a presença de Rueda. O presidente do União afirma que, independentemente do nome escolhido, não abre mão de estar na chapa presidencial, devido à
força que a estrutura da federação poderá oferecer, com candidaturas a governador em 17 estados. “Eu não abro mão de estar na chapa presidencial. Esse é um projeto diferenciado. Serão 17
palanques — é muita força. Então, qualquer candidato à Presidência, seja da nossa federação ou de outra estrutura partidária, vai ter que se integrar a esse projeto, porque há muita
capilaridade”, justificou.