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O projeto de data-base dos servidores estaduais foi alvo de discussão na Assembleia Legislativa. O primeiro a ir na tribuna por discutir o assunto foi Eduardo Siqueira Campos que mesmo sendo
da oposição disse que está lidando com o assunto com serenidade. “Talvez nunca antes da história desse parlamento a Assembleia tem um papel tão importante quanto o de hoje e quero dizer que
não vou trocar o discurso da serenidade para fazer o papel de um parlamentar da oposição que trazendo qualquer proposta pode trazer para si os aplausos mas não podem resolver o impasse”,
afirmou. O parlamentar disse que é preciso discutir progressão e data-base separadamente. “Não vamos atrelar discussão da progressão com a data-base”, disse. O deputado citou alguns casos
julgados pelo STF e se posicionou contra a rejeitar o projeto do governo. “Rejeitar seria deixá-los sem nenhuma data-base esse ano e essa Casa não pode fazer isso”, disse.O parlamentar disse
ainda que espera que o acordo seja construído ainda hoje. O deputado se manifestou a favor do pagamento da data-base em apenas uma parcela. A discussão movimentou outros parlamentares. “O
que buscamos é sensibilidade do governo no ponto de discutir com os servidores”, disse Wanderlei Barbosa. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, Valdemar Junior também
comentou o assunto na tribuna e disse que o projeto momentaneamente não terá relatoria. “ Não é o momento de relatar uma matéria tão importante como essa. Somente depois que encerrar a
rodada de negociações e hoje vamos tratar desse assunto possamos chegar num entendimento positivo para a categoria”, avisou. Durante o pronunciamento de Valdemar os servidores se
manifestaram com gritos e até vaias. O parlamentar discordou do colega Eduardo Siqueira. “A CCJ não é responsável pelo fim da greve e sim os servidores”, disse ao reafirmar que não é
necessário nem pensar na possibilidade de rejeitar a proposta do governo. O deputado adiantou ainda sua análise da matéria: “Acredito piamente que a matéria tem constitucionalidade”,
revelou. Valdemar chegou a dizer que não entendeu a manifestação dos servidores. "Não estou entendendo essa manifestação de vocês, estamos de portas abertas para intermediar a
negociação", disse. O deputado Eduardo discordou do fato de Valdemar não indicar relator antes da rodada de negociação e se colocou à disposição para relatar a matéria. Valdemar
retrucou e explicou que a matéria não vai para relatoria justamente por uma tratativa com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos - Sisepe. Os deputados Elenil da Penha (PMDB) e
Olintho Neto (PSDB) também fizeram fala a favor de negociação com os servidores.