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[caption id="attachment_50541" align="alignleft" width="315" caption="Para Carlos Sampaio, é estratégia correta deixar depoimentos de governadores e outros
políticos para um segundo momento"][fotografo]Rodolfo Stuckert/Câmara[/fotografo][/caption]A decisão tomada pela CPI do Cachoeira de adiar depoimentos de políticos e autoridades para
uma segunda fase foi muito criticada e mesmo interpretada como um acordo entre os partidos do governo e da oposição para blindar os companheiros que ficaram na berlinda por conta do que
investigou a Polícia Federal nas Operações Vegas e Monte Carlo. Não é o que pensa o promotor de Justiça licenciado e deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), um dos integrantes da bancada
da oposição na CPI. Para ele, a comissão está no rumo certo para desvendar as relações e eventuais crimes do bicheiro com políticos e empreiteiras. Ele diz que o plano de trabalho, de
autoria do relator da comissão, Odair Cunha (PT-SP), está correto e que é necessária mesmo uma fase preliminar de conhecimento da investigação e de oitivas com os membros da quadrilha para
se produzirem provas novas além daquelas já trazidas pelas Operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, que escancararam o relacionamento do bicheiro Carlos Augusto Ramos com o senador
Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e a construtora Delta. Para avançar, diz Sampaio, será necessário usar de "criatividade investigativa". Isso porque a CPI já vem com um conjunto de
provas sobre a atuação de uma quadrilha de jogos de azar e um conjunto de indícios do chefe dessa organização com autoridades e políticos, como governadores, senadores e deputados. Em
entrevista ao CONGRESSO EM FOCO, ele afirma que é função da comissão "apresentar provas novas e não continuar repisando provas já realizadas". Sampaio não tem grandes esperanças no
depoimento do contraventor Carlinhos Cachoeira, previsto para a próxima terça-feira (22). "Ele vai falar aquilo que convém à sua defesa", prevê o deputado, que imagina frases
como: "Nesse caso eu agi assim. Não foi uma atuação criminosa, foi uma atuação empresarial". LEIA OUTROS DESTAQUES DE HOJE NO CONGRESSO EM FOCOTUDO SOBRE A CPI DO CACHOEIRA Carlos
Sampaio tem 49 anos. É promotor de Justiça licenciado do Ministério Público de São Paulo, onde atuou na área da infância e juventude, direito de consumidores e pessoas com deficiência,
proteção ao meio ambiente, além do controle das atividades das polícias. De Campinas (SP), está em seu terceiro mandato como deputado federal e já foi vereador e deputado estadual. Em 2005,
destacou-se na CPI dos Correios, que investigou o mensalão, esquema em que, segundo a Procuradoria Geral da República, o PT pagava parlamentares para votarem de acordo com interesses do
governo Lula. Ele conversou com o CONGRESSO EM FOCO na quarta-feira (16) à tarde, à porta do cafezinho do plenário da Câmara. OUÇA AQUI A ENTREVISTA [video player="uol"
tipo="audio" largura="330" altura="50"]12785276[/video] LEIA AQUI A ENTREVISTA SAIBA MAIS SOBRE O CONGRESSO EM FOCO (2 MINUTOS EM VÍDEO)