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A lei que permite a venda de CERVEJA EM LATA E EM GARRAFA LONG NECK em bancas de Belo Horizonte foi sancionada e publicada no Diário Oficial do Município (DOM) nesta quinta-feira (29/5). A
medida permite que os pontos de venda, tradicionalmente voltados à comercialização de impressos, possam oferecer também essas bebidas. Os estabelecimentos estão, em geral, localizados em
áreas estratégicas da cidade. A MEDIDA FOI PROPOSTA NA CÂMARA MUNICIPAL PELO VEREADOR BRUNO MIRANDA (PDT). O projeto altera o Código de Posturas do Município (Lei 8.616, de 2003), que
regulamenta o uso do espaço urbano da capital mineira. Segundo Bruno Miranda, a proposta busca atualizar a legislação e atender a uma demanda antiga dos jornaleiros, que enfrentam queda de
renda desde a digitalização das publicações impressas. “Atualmente, os produtos permitidos para venda, como jornais, revistas e livros, são considerados obsoletos e bastante limitados em
comparação à diversidade encontrada em outros tipos de estabelecimentos comerciais”, justificou o parlamentar. O Substitutivo-Emenda 1, de autoria do próprio Bruno Miranda, recebeu 31 votos
favoráveis e sete abstenções. O texto manteve o conteúdo da proposta original, com ajustes na linguagem técnica. Para o vereador, a aprovação representa um passo importante para a
valorização dos pequenos negócios urbanos e para o fortalecimento da economia local. PREPARADO DESDE O CARNAVAL De acordo com a Prefeitura de BH, hoje existem 509 bancas de jornais com
licenças válidas e regulares na cidade. Desde 1996, José do Espírito Santo é dono da “Banca do Zezé”, localizada no bairro Padre Eustáquio, na Região Oeste de Belo Horizonte. Ao ESTADO DE
MINAS, o proprietário contou que há cerca de três meses vem se preparando para a venda de bebidas no local, incluindo cerveja. O objetivo era ter começado a comercializar o produto no
carnaval, mas, como a lei ainda não havia sido sancionada, José resolveu esperar. Agora, com a lei em vigor, o comerciante explicou que vai precisar fazer uma mudança na banca para conseguir
começar a comercializar as bebidas. José acredita que, principalmente, bancas localizadas no Centro da capital mineira podem ter um aumento nas vendas. Ele ainda relatou que apoia a lei por
ser uma oportunidade de ampliar o leque de vendas. “Depois de 2005, 2010, com a projeção da internet, a banca foi perdendo um pouco as vendas de jornais e revistas, então é um produto que
vem para agregar.” HÁ QUEM PREFIRA OBSERVAR PRIMEIRO Na Avenida Afonso Pena, Centro de Belo Horizonte, Joaquim Neto é proprietário da “Banca Glória” há 43 anos. No momento, o comerciante não
irá aderir a venda de cervejas. SIGA NOSSO CANAL NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS RELEVANTES PARA O SEU DIA Ele explica que, inicialmente, “observará outros pontos para entender o perfil do
consumidor e ver como será o ambiente com esse público.” Joaquim também afirma ao EM que pretende entender se esse público vai comprar a cerveja e ir embora do local ou “se vão ficar na
porta bebendo e incomodando os clientes.”