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O Exército chinês afirmou, neste domingo (9), que apertará o cerco sobre Taiwan se o separatismo na ilha de governo democrático aumentar, informou a mídia estatal. "Quanto mais
desenfreados os separatistas da 'independência de Taiwan' se tornam, mais apertada fica a corda em volta de seus pescoços e mais afiada fica a espada pendurada sobre suas
cabeças", disse o porta-voz militar Wu Qian em uma reunião chamada "Duas Sessões", o maior evento político anual do país, segundo a agência Xinhua. O exército chinês "é
uma força de ação para combater o separatismo e promover a reunificação", disse Wu, alertando os separatistas para se afastarem do "precipício". "Eles chegaram à beira
de um precipício (...). Se persistirem em ir na direção errada, eles se encontrarão em um beco sem saída", alertou. A China considera a ilha de Taiwan, que tem seu próprio governo
desde 1949, como parte de seu território. Algumas semanas atrás, Wu Qian reiterou que a China não descartava o uso da força para retomar o controle de Taiwan. Os comentários do porta-voz do
exército foram feitos em meio às "Duas Sessões", reuniões parlamentares que reúnem milhares de delegados em Pequim nesta semana. Nesse contexto, a China anunciou na quarta-feira
que aumentará seu orçamento de defesa em 7,2% em 2025, o mesmo ritmo do ano passado. Neste domingo, Wu Qian descreveu esses gastos militares como "limitados", com o objetivo,
segundo ele, de desenvolver "forças de combate" e melhorar as capacidades em termos de reconhecimento, ataques e apoio em teatros de operações. Nos últimos anos, Pequim aumentou a
pressão militar sobre Taiwan, enviando regularmente aviões e navios para suas proximidades e realizando exercícios de larga escala ao redor dela. No final de fevereiro, o Ministério da
Defesa de Taiwan denunciou "exercícios de fogo real" da Marinha chinesa em uma área a 74 km da ilha. Tratava-se de um "treinamento de rotina", respondeu Wu Qian,
denunciando uma campanha de propaganda taiwanesa. O principal diplomata chinês, Wang Yi, disse na sexta-feira que "alcançar a unificação completa da pátria" é "uma aspiração
comum de todo o povo chinês". "É a tendência geral da história e é uma causa justa", acrescentou. bur-je/fox/mas/zm/es/aa