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O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, prometeu nesta sexta-feira (30) construir um "Estado judaico israelense" na Cisjordânia ocupada, um dia depois de o governo anunciar a
criação de 22 novos assentamentos neste território palestino. Os assentamentos israelenses na Cisjordânia são considerados ilegais pelo direito internacional e são regularmente denunciados
pela ONU. "Esta é uma resposta decisiva às organizações terroristas que buscam prejudicar e enfraquecer o nosso controle sobre esta terra — e também é uma mensagem clara para (o
presidente francês Emmanuel) Macron e seus amigos: vocês reconhecerão um Estado palestino no papel, mas nós construiremos o Estado judaico de Israel aqui, na prática", disse Katz,
segundo um comunicado de seu gabinete. "O papel será jogado na lata de lixo da história, e o Estado de Israel florescerá e prosperará", acrescentou, durante uma visita ao
assentamento de Sa-Nur, no norte da Cisjordânia ocupada. Sa-Nur foi evacuada em 2005, quando o Exército israelense se retirou da Faixa de Gaza sob o governo do então primeiro-ministro Ariel
Sharon. Macron declarou nesta sexta-feira que o reconhecimento de um Estado palestino "não é simplesmente um dever moral, mas uma exigência política", antes de uma conferência da
ONU sobre o assunto em 18 de junho. Macron afirmou em abril que a França poderia reconhecer o Estado palestino em junho. Países como Brasil, Espanha, Irlanda, Noruega, Eslovênia, Argentina,
Chile, Colômbia e México já o fizeram. O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou na quinta-feira o anúncio de novos assentamentos na Cisjordânia, território ocupado por Israel
desde 1967. Israel deve cessar "todas as atividades de colonização" neste território palestino, que representam "um obstáculo à paz e ao desenvolvimento econômico e
social" na região, declarou. lma-mj/sag/pb/eg/aa/dd