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O Dia Mundial Sem Tabaco, que acontece anualmente, serve como lembrete dos numerosos riscos à saúde associados ao uso do cigarro. Essa data, promovida pela Organização Mundial da Saúde, visa
destacar a necessidade global de intervenções eficazes e políticas públicas robustas para combater o tabagismo. Com o cigarro sendo um dos principais causadores de morte evitáveis no mundo,
a conscientização sobre seus perigos é mais crucial do que nunca. A médica pneumologista e paliativista Michele Andreata, da Saúde no Lar, destaca a gravidade do impacto do tabaco. "O
cigarro está diretamente ligado a várias doenças graves, como câncer de pulmão, enfisema e doenças cardiovasculares. Com mais de 7 mil substâncias químicas, muitas delas tóxicas e
cancerígenas, o cigarro representa um sério risco à saúde pública.” IMPACTO NAS DOENÇAS CRÔNICAS O tabagismo não se limita a acometer os pulmões. Está associado também a cânceres de boca,
garganta, esôfago e bexiga, além de doenças respiratórias crônicas como a DPOC. "Cada cigarro aumenta o risco de complicações, agravando condições cardíacas e contribuindo para
acidentes vasculares cerebrais", alerta Michele. CAMINHOS PARA A CESSAÇÃO Interromper o hábito de fumar é um processo que demanda compromisso e suporte. "As fases vão da
pré-contemplação, onde ainda não se pensa em parar, até a manutenção, que envolve estratégias para evitar recaídas", detalha a médica. Destacando a importância das campanhas como o Dia
Mundial Sem Tabaco, ela afirma que essas ações são essenciais para fomentar políticas de redução de consumo e oferecer apoio efetivo aos que desejam deixar o vício. HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO
Paula Gomes, 40 anos, compartilha sua jornada de luta contra o tabagismo. Iniciou o hábito aos 22 anos, durante a faculdade, fumando cigarro branco antes de passar para o cigarro de palha
perto dos 30. Durante a pandemia tentou evitar o hábito durante a semana e, com a piora do quadro de saúde do seu pai, voltou a fumar diariamente, especialmente após o falecimento dele, em
2021. Em 2022, enfrentando um tratamento dentário, Paula decidiu tentar o vape como uma alternativa. “O processo trouxe desafios, mas ao reduzir progressivamente a nicotina, consegui
abandonar o cigarro completamente. Desde então, não voltei a fumar, e hoje, sinto-me mais disposta e cheia de energia”, ressalta. RISCOS DO VAPE E TRATAMENTOS DISPONÍVEIS Apesar de ser visto
como uma alternativa menos prejudicial, o uso de vape também é perigoso, expondo os usuários a substâncias tóxicas e ao risco de dependência de nicotina. "É importante ter cautela,
pois os efeitos já estão sendo sentidos por vários usuários e, a longo prazo, ainda estão sendo estudados", comenta a especialista. Há uma variedade de tratamentos eficazes que oferecem
esperança e apoio em cada etapa do processo. “As terapias de reposição de nicotina, disponíveis em formas como gomas e adesivos, ajudam a reduzir os sintomas de abstinência, fornecendo
doses graduais de nicotina sem a necessidade de fumar.” Os medicamentos como bupropiona e vareniclina, segundo a pneumologista, também são eficazes, pois alteram a resposta do cérebro à
nicotina, diminuindo o desejo e facilitando a superação do vício. Além disso, o suporte psicológico, através de psicólogos e grupos de apoio, reforça o enfrentamento dos desafios
psicológicos e sociais associados à interrupção do fumo. "Abandonar o cigarro é um passo fundamental para melhorar a qualidade de vida e saúde a longo prazo", reforça Michele. SIGA
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