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Ana Vitória nasceu em janeiro, com 27 semanas de gestação e ficou internada na Santa Casa de Campo Grande. 05/05/2020 15h54 Por: Redação Foram várias idas e vindas da Unidade de terapia
intensiva (UTI) neonatal até que a pequena Ana Vitória recebesse alta hospitalar, nesta terça-feira (5). Um momento muito comemorado por toda a equipe da linha materno-infantil, da Santa
Casa de Campo Grande. “A melhor parte da nossa profissão é a alta, a tão esperada alta do paciente. E, ainda mais em uma época como essa, em meio a tantas notícias ruins pelo mundo,
contrárias à nossa medicina que tanto vence, para nós é um incentivo. Um sucesso para toda a equipe”, narrou a médica neonatologista, Cláudia Perez que acompanhou toda a internação. Ana
Vitória nasceu em janeiro, com 27 semanas de gestação e pesando apenas 695 gramas. Devido à prematuridade extrema, desenvolveu várias doenças, entre elas, a displasia pulmonar e a doença
metabólica óssea, além de infecções por conta do tempo de internação e baixa imunidade, como a meningite e a enterocolite necrosante neonatal – uma inflamação grave do trato gastrointestinal
que acomete principalmente recém-nascidos prematuros e está associada a elevadas taxas de mortalidade. “Teve várias complicações, da prematuridade mesmo. Enfrentamos vários momentos muito
difíceis durante a internação dela. O trabalho foi árduo! E, graças à toda equipe, ela saiu muito bem daqui hoje, porque esse é um trabalho de equipe. A gente está muito feliz, é uma vitória
muito grande”, contou a doutora Franciele Escobar Gomes, neonatologista e plantonista-chefe da unidade, que também participou dos cuidados intensivos à pequena Ana Vitória. Em média, os
bebês prematuros extremos ficam entre dois e três meses no hospital. Já Ana Vitória, por conta do quadro gravíssimo, precisou da internação por mais um tempo e, de acordo com a equipe
médica, o que também contribuiu para que os problemas fossem revertidos foi a determinação, o amor, a esperança e a fé da família, principalmente da mãe da bebê, Rita de Cássia. “A mãe ficou
muito firme. Durante os quatro meses, ela não saiu em nenhum momento daqui. E, o tempo todo, ela com energia positiva, com pensamento positivo de que tudo iria dar certo no final”,
complementou a doutora Franciele. Na pesagem da alta hospitalar, a balança marcou 2.320 gramas, mais que o triplo do peso ao nascer. A bebê também está sendo amamentada pela mãe, o que é
muito importante para o fortalecimento do organismo dela. Hoje, ao sair da Unidade de Cuidados Intermediários (UCIN), Ana Vitória e os pais foram surpreendidos por toda a equipe
assistencial, que os aguardava com cartazes e balões. Sob muitas palmas da equipe multiprofissional, a família deixou o hospital para começar uma nova fase. Durante o período de internação
hospitalar, a bebê esteve sob cuidados das seguintes especialidades: cardiologia pediátrica, cirurgia pediátrica, neuropediatria, oftalmologia e ortopedia, além das equipes de enfermagem,
fisioterapia e fonoaudiologia.