Bienal: veja um roteiro com 15 artistas indígenas, africanos ou asiáticos com obras expostas em 2023

Bienal: veja um roteiro com 15 artistas indígenas, africanos ou asiáticos com obras expostas em 2023

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A 35ª BIENAL DE SÃO PAULO acontece no Parque Ibirapuera desde a última quarta, 6, mas tem seu primeiro domingo de visitas neste dia 10. Com cerca de 80% dos participantes compostos por


artistas não-brancos, é possível conferir parte da obra de indígenas, africanos, afro-brasileiros, asiáticos, entre outros grupos. PUBLICIDADE O TEMA DESTE ANO É_ COREOGRAFIAS DO


IMPOSSÍVEL_, com curadoria de Diane Lima (escritora e pesquisadora), Grada Kilomba (artista, escritora e teórica), Hélio Menezes (antropólogo e pesquisador) e Manuel Borja-Villel


(pesquisador e história da arte). A Bienal de São Paulo deste ano se propõe como “um convite às imaginações radicais a respeito do desconhecido, ou mesmo do que se figura no marco das


im/possibilidades”, num “espaço de experimentação” “em modo extradisciplinar e extrainstitucional”. Serão mostradas 1.100 obras assinadas por 121 artistas, que trabalham com diferentes


linguagens e abordam temas como o acesso à justiça e à liberdade. O ROTEIRO ESTADÃO sugere então lugares para o almoço da pós Bienal, já que os mais entusiasmados não devem deixar o espaço


antes de ficar por ali entre uma hora e meia e duas horas. Clique aqui para conferir. Publicidade Confira abaixo 15 dos 121 artistas ou coletivos que terão seus trabalhos expostos na Bienal


de São Paulo em 2023, que abordam em sua arte questões da cultura à qual pertencem. ARTISTAS INDÍGENAS NA BIENAL DE SÃO PAULO 2023 AIDA HARIKA YANOMAMI, EDMAR TOKORINO YANOMAMI E ROSEANE


YARIANA YANOMAMI Nascidos na comunidade Watorikɨ, na região do Demini da Terra Indígena Yanomami, Amazônia brasileira, os cineastas integram um coletivo de comunicadoras Yanomami, e


dirigiram filmes como Thuë Pihi Kuuwi – Uma mulher pensando e Yuri U Xëatima Thë – A pesca com Timbó. Os filmes falam sobre histórias íntimas do povo Yanomami através de dois de seus


rituais: a pesca realizada com cipó macerado, posta em balaios em rios no tempo de seca, e a preparação de uma mulher indígena para um ritual. Publicidade CARMÉZIA EMILIANO Nascida em Maloca


do Japó, no interior de Roraima, região Norte do Brasil, em 1960, a artista indígena dedica sua vida artística à pintura desde os anos 1990, retratando a cultura macuxi, povo que habita a


região fronteiriça brasileira, venezuelana e guianense, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, palco de conflitos por conta do garimpo ilegal. Recentemente, ela foi tema de uma exposição


individual no MASP. MAHKU Sigla para Movimento dos ARtistas Huni Kuin, o coletivo artístico surgiu em 2013, no Estado do Acre, no município de Jordão e na aldeia Chico Curumim, na Terra


Indígena Kaxinawá. Publicidade Os artistas que o integram, Ibã Huni Kuin, Bane Huni Kuin, Mana Huni Kuin, Acelino Tuin e Kássia Borges, abordam a iconografia Huni Kuin, com uma área de


imprecisão entre o sonho e o mito, na qual a moldura se adapta ao suporte trabalhado. DENILSON BANIWA Nascido em Barcelos, no Amazonas, vive atualmente em Niterói (RJ).Contribui para a


construção imagética indígena por meio de palestras, oficinas, cursos e séries. MANUEL CHAVAJAY Publicidade Nascido em San Pedro La Laguna, na Guatemala, na América Central, Manuel é um


artista maia-tz’utujil cuja obra constrói imagens, ações e objetos com denúncias e reivindicações de sua própria cultura feitas de forma poética. Sua família foi vítima de conflito armado na


Guatemala, e aborda a espiritualidade e a cosmovisão maia, através de sua conexão com a natureza e a vida. NIKAU HINDIN A artista neozelandesa recupera uma prática tradicional Maori, há


mais de um século desaparecida, a confecção do aute, tecido obtido após um processo com casca de amoreira. ARTISTAS AFRO-BRASILEIROS E AFRICANOS NA BIENAL DE SÃO PAULO 2023 INAICYRA FALCÃO


Publicidade Nascida em Salvador, Bahia, a cantora, educadora e pesquisadora tem foco na difusão da cultura africana e afro-brasileira, com sua pluralidade orgânica. Sua principal obra é


Corpo e ancestralidade: uma proposta pluricultural de dança-arte-educação (2021). Seu trabalho artístico inclui o álbum Okan Awa: Cânticos da tradição Iorubá e sementes ancestrais (2002).


FRENTE 3 DE FEVEREIRO O grupo de arte transdisciplinar faz pesquisas sobre o racismo no Brasil desde 2004. Uma de suas ações diretas mais conhecidas foi Bandeiras (2005-06), em que faixas


com os dizeres “Onde estão os negros?” foram levadas a estádios de futebol. ANA PI E TAATA KWA NKISI MUTÁ IMÊ Publicidade Ambos artistas brasileiros. Ana é artista coreográfica e imagética,


pesquisadora de danças afro-diaspóricas, enquanto Taata é um sacerdote supremo no candomblé, visando a preservação da sabedoria ancestral Kongo Angola, filosofias Bantu e tecnologias


Bakongo. QUILOMBO CAFUNDÓ Comunidade rural que surgiu em Salto de Pirapora, no interior paulista, em 1888, graças a terras herdadas por Joaquim Congo e Ricarda, escravos alforriados, e que


se tornou um local de manutenção de tradições culturais africanas. Por exemplo, a língua cupópia, proveniente de Angola. NONTSIKELELO MUTITI Publicidade Nascido no Zimbábue


recém-independente, a artista visual e educadora busca elevar o trabalho e as práticas de comunidades negras do passado e do presente, com uma abordagem conceitual no design, além de


publicações e práticas de arquivo. É diretora dos estudos de pós-graduação em design gráfico na Yale School of Art, nos Estados Unidos. SANTU MOFOKENG Fotógrafo nascido no Soweto, na África


do Sul, viveu boa parte do regime racista segregacionista do Apartheid. Seu trabalho aborda história, terra, memória e espiritualidade. Foi membro do coletivo Afrapix na década de 1980.


ARTISTAS ASIÁTICOS NA BIENAL DE SÃO PAULO 2023 CITRA SASMITA Publicidade Nascida em Tabanan, na Indonésia, em 1990, a artista revisita elementos, mitos e a iconografia antiga da cultura


balinesa, questionando a posição social da mulher, através de pinturas, esculturas e instalações. KIDLAT TAHIMIK O artista que trabalha com cinema, fotografia, tecelagem e arquitetura, com


foco nos problemas ambientais, é de Baguio, nas Filipinas.Seu primeiro filme, Perfumed Nightmare (1977) recebeu o Prêmio Internacional dos Críticos em Berlim. GERALDINE JAVIER Nascida em


Makati, nas Filipinas, a artista visual usa diversos materiais e técnicas, combinando objetos orgânicos e tecidos em suas pinturas, já tendo realizado 33 exposições individuais na Ásia e na


Alemanha. QUEM SÃO OS ARTISTAS PARTICIPANTES DA BIENAL DE SÃO PAULO 2023 A relação completa de participantes pode ser acessada no site oficial da Bienal de São Paulo. COMO CHEGAR À BIENAL DE


SÃO PAULO EM 2023 O Parque do Ibirapuera tem acesso fácil, com largas avenidas em seu entorno (República do Líbano, Pedro Álvares Cabral e 23 de Maio). Muitas linhas de ônibus passam por


ali e há bons pontos para desembarque dos serviços de aplicativos. Estacionamentos, no entanto, são raros. O mais indicado é chegar um pouco mais cedo para usar as vagas do próprio parque,


que saem bem mais em conta do que qualquer estacionamento privado fora. É bom lembrar que o estacionamento do Ibirapuera deixou de ser zona azul e passou para a ser administrado pelo Grupo


Índigo. De segunda a sexta paga-se R$ 12 e, aos finais de semana, R$ 14. O valor é uma diária, sem limite de tempo. 35ª BIENAL DE SÃO PAULO Temporada: de 6/9 a 10/12/23 Horários: às terças,


quartas, sextas e domingos, das 10h às 19h; às quintas e aos sábados, das 10h às 21h Local: Pavilhão da Bienal | Parque Ibirapuera - Portão 3 Entrada: gratuita Clique aqui para saber como


chegar ao estacionamento do Ibirapuera pelo Google Maps. Clique aqui para saber como chegar ao estacionamento do Ibirapuera pelo Waze.