"não quero ser prejudicada. Sou vítima, sofri assédio", diz frentista que bateu em homem que a tocou | gzh

"não quero ser prejudicada. Sou vítima, sofri assédio", diz frentista que bateu em homem que a tocou | gzh

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A POLÍCIA CIVIL investiga um caso de importunação sexual ocorrida no domingo (15), em um posto de combustíveis no bairro LOMBA DO PINHEIRO, na zona leste em Porto Alegre. O caso veio à tona


depois de a vítima, uma frentista de 22 anos, divulgar em redes sociais imagens que mostram o homem tocando nela e ela reagindo com tapas e socos. A mulher registrou ocorrência e pediu


medidas protetivas em relação ao homem — para que ele seja proibido pelo Judiciário de se aproximar dela. Abalada, a frentista está afastada do trabalho e não sabe como será para voltar ao


local onde atua há três anos. — Ficou uma situação chata. A empresa me chamou para conversar, disse que vai me apoiar. Não sei como vai ser, mas não quero ser prejudicada. Sou vítima, sofri


assédio — desabafa a GZH Marian Damasio Fontoura, 22 anos. A frentista disse ter se surpreendido com a repercussão das imagens na internet e que demorou para "cair a ficha": — Eu


não queria que viralizasse nada. Só quis avisar as mulheres da região, alertar. Meu recado é que não reajam como eu fiz. Ele podia ter reagido e me machucado. Foi errado o que fiz, mas foi


meu instinto. E demorei para registrar na polícia porque a ficha não tinha caído, estou muito abalada psicologicamente. Marian disse ter sofrido críticas nas redes sociais. A ocorrência foi


registrada na 1ª Delegacia da Mulher da Capital na terça-feira (17), à noite. Conforme a delegada Cristiane Pires Ramos, o homem, de 25 anos, já foi identificado e será interrogado depois


dos depoimentos das testemunhas. A Polícia não revela seu nome. Na ocorrência, a frentista contou que o homem é um cliente do posto, que costuma frequentar o local, comprar balas e


distribuir aos funcionários. No domingo, enquanto ela fazia um lanche na loja de conveniência, ele teria largado chicletes ao lado dela e pedido o contato dela nas redes sociais. Ela afirma


ter ignorado, pois estava distraída mexendo no celular. Ele então teria se aproximado e tocado as partes íntimas dela, o que provocou a reação da mulher. Ela deu tapas e socos no homem, que


chegou a cair e, depois, acabou fugindo do local. — Informalmente a família alegou que ele tem problemas psiquiátricos e isso será apurado no curso da investigação — disse a delegada. A


delegada está solicitando a gravação completa à loja de conveniências, que não pertence ao mesmo dono do posto. O crime de importunação sexual tem pena prevista de até cinco anos. Quanto à


medida protetiva solicitada ao Judiciário, a delegada explicou que há prazo de até 48 horas para haver resposta. — Nós vamos dar todo o suporte que ela necessitar. Não corroboramos atitudes


como a dele — disse Vinicius Goldani, um dos proprietários do posto de combustíveis.