O making of do humor

O making of do humor

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O espetáculo Zenas Emprovisadas (Z.É.) estreou há dez anos e, até hoje, nunca repetiu uma apresentação. É o que explica o humorista Gregório Duvivier, que, junto com Fernando Caruso, Rafael


Queiroga e Marcelo Adnet, forma o grupo de humoristas que veem na improvisação uma forma de divertir o público. Para Duvivier, que faz sucesso com os vídeos de humor do grupo Porta dos


Fundos, a espontaneidade é a principal característica do Z.É. "Quem assiste ao Z.É. só vê aquilo uma vez. O espetáculo nunca se repete", diz. Vencedor do Prêmio Shell em 2005, o


Zenas Emprovisadas já foi visto por cerca de 150 mil pessoas no Brasil inteiro e se apresenta em Curitiba neste domingo, 19, no Teatro Guaíra. O espetáculo é dividido em três partes – um


esquete de humor, uma aula ao vivo de teatro e improviso preparada por um diretor convidado, e para finalizar, são realizados jogos de improvisação com participação do público, que sugere


frases e situações para serem vividas pelos atores. Tudo ao vivo, diferente e feito na hora. De acordo com Duvivier, a participação do público é essencial para o andamento da apresentação.


"O público opina das mais diversas maneiras, escolhendo lugares e situações para o personagem. Essa participação, que é feita de forma voluntária, é essencial para a nossa


atuação." Apesar de se tratar de um espetáculo baseado na improvisação, o treino é a base do trabalho realizado pelos humoristas. Além de praticar todos os jogos realizados em cena, os


atores treinam diariamente para que o espetáculo esteja sempre renovado. "O improviso exige muito treino. Sempre nos reunimos para que um consiga entender o que o outro está querendo


dizer", comenta Duvivier. E completa: "Improvisar é contar histórias e contar histórias de forma clara não é uma coisa fácil". Gregório Duvivier garante que quem for ao Teatro


Guaíra no domingo pode esperar para se divertir muito. O ator destaca ainda que os espectadores poderão conferir de perto o processo criativo do humor. "O improviso é a base do


processo criativo de qualquer humorista. O Z.É. pode ser considerado um making of do humor", conclui o ator.