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O governo federal começou o ano com um superávit primário de R$ 43,2 bilhões, valor 2,1% menor do que o registrado no mesmo mês de 2020. Isso quer dizer que as receitas do governo (com
impostos e outras fontes) em janeiro de 2021 superaram o total das despesas (Previdência, folha de pagamento e outros) em R$ 43,2 bilhões. O valor não inclui os gastos com o pagamento dos
juros da dívida, por isso é chamado de resultado primário. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Tesouro Nacional. É a primeira vez, após 11 meses de resultados negativos,
que as contas fecham no azul. No ano passado, o governo fechou com rombo de R$ 743 bilhões, principalmente por causa dos gastos extras para combater os efeitos da Covid-19 na saúde e na
economia. Neste ano, o Congresso autorizou o governo a ter um rombo de, no máximo, R$ 247,1 bilhões. Tradicionalmente, janeiro já é um mês de superávit primário para as contas do governo
central, formada pelo resultado do Tesouro, do Banco Central e da Previdência Social (RGPS). Enquanto o Tesouro e o BC foram superavitários em R$ 61,7 bilhões, a Previdência apresentou
déficit de R$ 18,5 bilhões em janeiro de 2021. O resultado de janeiro de 2021 ficou um pouco abaixo de 2020 devido a uma redução real da receita líquida em R$ 3,3 bilhões neste ano. Já as
despesas totais estão em linha com as registradas em 2020, já que o governo está apenas executando os gastos necessários, pois o Orçamento de 2021 ainda não foi aprovado pelo Congresso. O
pagamento do auxílio emergencial também está suspenso e só deve retornar em março.