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O governo admitiu nesta sexta-feira (26) que o sistema elétrico brasileiro não tem a confiabilidade que se esperava. Uma falha em uma linha de transmissão entre Tocantins e Maranhão deixou
sem luz, por cerca de quatro horas, milhões de pessoas em 11 Estados do Norte e Nordeste, o terceiro apagão de grandes proporções provocado por problemas técnicos em cinco semanas. O
ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, chegou a sugerir que houve "sabotagem", mas em seguida descartou a hipótese e deixou claro que não sabe as causas do
apagão. Ele enviou uma equipe ao local para investigar e prometeu um "pente-fino" no sistema para identificar eventuais gargalos. "O sistema elétrico brasileiro foi projetado
e planejado para operar num determinado nível de confiabilidade. A partir do momento que tem redução de confiabilidade, agora recente, determinada pela sequência de eventos, tem de tomar as
ações necessárias para que se reestabeleça a confiabilidade", disse. O ministro também afirmou que, "probabilisticamente, essa sequência de eventos é impossível de ocorrer. É
difícil entender como isso pode ocorrer". Sobre sabotagem, admitiu que esse é o "primeiro raciocínio" e que "não adianta tapar o sol com a peneira", mas descartou a
possibilidade de o erro ter sido provocado intencionalmente. Segundo o Operador Nacional do Sistema elétrico (ONS), um curto-circuito na linha de transmissão entre Colinas (TO) e Imperatriz
(MA) foi responsável pelo apagão. A linha é operada pela Taesa, controlada pela Cemig, que trava com o governo uma disputa jurídica. A companhia quer renovar algumas concessões sob regras
antigas, justamente quando o governo tenta reformular o sistema para reduzir a conta de luz em 16,2% para consumidores e até 28% para a indústria. As informações são do jornal O Estado de S.
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