Ibama restringe a aplicação de defensivos

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PovoNotíciasSaberÚltimasEditoriaisVozesPolíticaIdeiasEconomiaCidadaniaMundoCulturaVídeosAgrotóxicosIbama restringe a aplicação de defensivos Por Igor Castanho


02/01/2013 às 21:18


Dê de presentePulverização será flexibilizada apenas para algodão e soja (Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo) O governo federal resolveu condicionar a aplicação de quatro princípios


ativos nas pulverizações com uso de aviões e provocou forte reação do agronegócio. As proibições estão em comunicado do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis


(Ibama), divulgado em julho, que encontra rejeição em debates puxados por parlamentares e líderes de entidades do setor.


A decisão do Ibama restringe a aplicação aérea dos ingredientes ativos Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil e usa como base estudos internacionais que apontavam a ocorrência de


efeitos adversos como, por exemplo, a morte de abelhas expostas aos produtos. Segundo o órgão, o problema no uso dos aviões é a ocorrência da deriva – desvio provocado pelo vento.


Houve flexibilização para a safra atual, mas o agronegócio segue alegando que as lavouras serão expostas a riscos sanitários e que haverá prejuízos à cadeia produtiva.


O primeiro ponto questionado pelo agronegócio é a falta de prazo para qualquer adaptação. Ex-ministro da Agricultura e atualmente deputado federal, Reinhold Stephanes (PSD-PR) argumenta que


todos os lados deveriam ter sido ouvidos previamente. "Uma vez avaliados os malefícios, deve-se partir para uma discussão técnico-científica para resolver a questão. A retirada dos produtos


tem que ser planejada", avalia.


Em Mato Grosso, onde cerca de 20% da área de soja recebe aplicações aéreas, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) estima que as proibições podem gerar


prejuízo de R$ 14 bilhões até 2020. "Há casos de produtores que fizeram a compra antecipada desses produtos, antes da proibição, e agora se veem impedidos de fazer a aplicação", afirma Luiz


Nery Ribas, diretor técnico da instituição.


Segundo ele, os produtos que poderiam substituir os princípios que sofrerão a restrição ainda são ineficientes ou necessitam de mais aplicações. "Seriam necessários, no mínimo, seis anos


para realizar essa mudança", estima.


Mapa e Ibama já anunciaram que a medida será flexibilizada nesta safra para as culturas de algodão e soja. Deve ser autorizado o uso dos produtos após o período de floração das culturas. A


medida ainda não saiu no Diário Oficial, mas segundo Luís Rangel, coordenador geral de agrotóxicos e afins do Mapa sustenta que "a revisão e a conclusão da proposta de ato normativo conjunto


deve ser publicada nos próximos dias, permitindo a condução da safra com as tecnologias disponíveis".


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