J. Malucelli prevê romper barreira do r$ 1 bilhão

J. Malucelli prevê romper barreira do r$ 1 bilhão

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Um dos grupos mais diversificados do estado – atua em atividades tão distintas como seguros, construção pesada, previdência, hotelaria, varejo, comunicação, concessões rodoviárias, de


geração de energia e de crédito de carbono, dentre outras –, o J. Malucelli prepara-se para dar um salto em 2008. O conglomerado deve romper, pela primeira vez, a barreira de R$ 1 bilhão em


faturamento. A receita deve avançar dos R$ 621 milhões de 2007 para algo próximo de R$ 1,4 bilhão neste ano. "Os mercados de construção, de energia, de seguros e o crescimento do Paraná


Banco devem puxar o desempenho", diz Joel Malucelli, presidente do grupo. Seguindo a estratégia adotada desde que foi fundado pelo empresário em 1966, o grupo, que reúne 43 empresas e


emprega 4 mil pessoas, vai se lançar em novos negócios. "O foco é aproveitar a oportunidade que o mercado oferece. Apostar em vários segmentos reduz o risco da operação", diz


Malucelli. Entre as novidades está a criação, nos próximos 60 dias, de uma seguradora de crédito para empresas. "Ela vai garantir, por exemplo, a operação de uma empresa fornecedora


contra a inadimplência da que compra seus produtos. Trata-se de um mercado ainda incipiente no Brasil, mas que tem grande potencial de crescimento", explica. A intenção também é


diversificar a atuação do Paraná Banco, considerado a estrela do grupo, responsável por um terço dos negócios. Com R$ 500 milhões em caixa – fruto da abertura de capital realizada em junho


do ano passado – e mais US$ 35 milhões captados recentemente no exterior, o banco estuda fazer sua estréia no financiamento de automóveis usados. Também está no forno a criação de uma linha


para lojistas, para financiar a compra de bens de consumo pelos clientes, e outra de empréstimo de capital de giro para pequenas empresas. Os projetos devem sair do papel no segundo


semestre. A intenção, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores do Paraná Banco, Luis César Miara, é usar a rede de franquias, que deve ampliar o número de lojas de 92 para


150 até o fim do ano. Hoje, mais de 90% das atividades do banco estão concentradas no mercado de empréstimo consignado. "Esse é um segmento que começa a ficar maduro e no futuro vai se


transformar em um nicho dentro do banco", diz Malucelli. De acordo com o empresário, o grupo também espera acelerar os projetos na área de construção, como da hidrelétrica de Mauá, no


Rio Tibagi. O projeto, avaliado em R$ 950 milhões, sofreu um atraso de oito meses por conta de disputas judiciais. No último dia 29 de julho, o governador Roberto Requião assinou a ordem de


serviço para execução das obras. A J. Malucelli Construtora de Obras integra o consórcio vencedor para a construção – composto ainda por General Electric, que fornecerá equipamentos, e


Intertechne, encarregada de estudos e projetos. O contrato é estimado em R$ 400 milhões. "Por conta da pressão de custos administrativos, de equipamentos, e de insumos, queremos reduzir


o tempo da obra para três anos", diz Malucelli. A construtora, que representa 15% da receita do grupo, ainda tem em carteira nove projetos em andamento, entre eles a construção de três


pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) para o grupo Brascan no Rio Grande do Sul, avaliadas em R$ 253 milhões. "Com o PAC [Plano de Aceleração do Crescimento], a tendência é que esse


segmento ganhe impulso." Responsável por 10% dos negócios do grupo, o setor de energia é outro alvo de investimento em 2008. Ao todo, são 14 projetos de construção de PCHs, que somam


300 MW e R$ 300 milhões em investimentos.