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Depois de vários meses tentando sustentar um otimismo exagerado com o crescimento do Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acabou reduzindo ontem de 3% para 2% a previsão de alta do
Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. A nova projeção ainda é, no entanto, generosa se comparada com a de analistas do mercado financeiro, que esperam um crescimento abaixo de 2% em
média de 1,62%, segundo a última pesquisa Focus, do Banco Central. É a primeira vez que Mantega admite oficialmente que o PIB em 2012 será menor ainda do que o registrado em 2011, quando a
economia brasileira já havia apresentando um crescimento fraco de 2,7% e desagradado à presidente Dilma Rousseff. A nova projeção de 2% já está próxima do que o próprio ministro Mantega
classificou de "piada". Em junho, ao criticar duramente o relatório do banco Credit Suisse que apontava um alta do PIB de 1,5%, o ministro desqualificou a projeção ao afirmar que
se tratava de uma "piada" e que o valor seria muito maior. Agora, Mantega reconhece as dificuldades.