Instabilidade política aflige futebol tricolor

Instabilidade política aflige futebol tricolor

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O Paraná enfrentará o Londrina neste sábado (14), às 16 horas, fora de casa, com todo o comando do futebol paranista correndo o risco de sair do clube em breve. Do superintendente de


futebol, Marcelo Nardi, passando pelo gerente Marcus Vinícius e chegando no técnico Luciano Gusso, todos estão com a “cabeça a prêmio” caso o presidente Rubens Bohlen deixe o cargo em favor


do grupo ‘Paranistas do Bem’. Na noite de sexta-feira (13), o dirigente ganhou sobrevida no cargo e pediu 30 dias para apresentação de um projeto para angariar dinheiro para o Tricolor. Quem


gera mais aversão nos bastidores é Marcus Vinícius. A declaração do gerente, após a derrota no clássico para o Atlético, de que o Paraná poderia acabar se não houvesse a união entre os


paranistas não foi bem digerida por alguns conselheiros. O problema não teria sido a fala, que ajudou a mobilizar os tricolores, mas o fato de o assunto não ter sido tratado internamente.


Além disso, para o grupo apenas tricolores apaixonados e abnegados devem fazer parte da gestão do futebol, o que não é o caso do gerente. Veja também “Eu fico tranquilo se ocorrer a minha


saída. Fico triste pela comissão técnica, que têm profissionais competentes. O futebol está no caminho certo e o ideal é que ocorresse a permanência do trabalho”, diz Marcus Vinícus,


torcendo para que o presidente Rubens Bohlen continue no cargo. “Ele não é o culpado de tudo; não foi a gestão dele que deixou o Paraná nessa situação. É um homem de bem, honesto”, disse o


gerente. Marcelo Nardi, o superintendente de futebol, tem uma boa relação com os empresários Carlos Werner e Leonardo Oliveira, integrantes dos ‘Paranistas do Bem’, da época que Nardi era


superintendente das categorias de base e os empresários comandavam o Ninho da Gralha. No entanto, está vinculado ao futebol comandado por Bohlen. O técnico Luciano Gusso tem a simpatia do


grupo e de parte dos conselheiros. Porém, é visto como inexperiente para comandar a empreitada da Série B. Antes da viagem para Londrina, onde pode definir a classificação paranista, o


treinador não falou especificamente sobre a possibilidade de sair caso ocorra uma mudança na diretoria, mas fez questão de valorizar o trabalho feito nesse início de ano. “Tirando o jogo


contra o J. Malucelli [derrota por 3 a 1, em 12/2], quando nós fizemos uma partida bem abaixo do que vínhamos mantendo, nos demais jogos nos fomos superiores aos adversários. Então é manter


as coisas boas e procurar corrigir o que erramos”, disse Gusso. Entre os ameaçados, todos concordam que o importante é conseguir vitórias para que o trabalho siga com tranquilidade. Até


mesmo para que não ocorra uma mudança profunda no elenco, como querem os ‘Paranistas do Bem’, que pretendem negociar com os jogadores para reduzir os salários mais altos.