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Provavelmente nunca o sofá foi tão requisitado por seus moradores quanto nas últimas semanas. Com a adoção do isolamento social como método para conter a propagação do novo coronavírus, o
sofá passou a ser uma das estrelas do lar, concentrando toda a família para momentos não só de lazer, como também de estudo e trabalho, e em alguns casos, até mesmo para refeições. Muito
requisitados, porém difíceis de limpar com eficiência, os estofados costumam ficar com a aparência de sujos rapidamente e também, ao longo do tempo, passam a ser fonte de acúmulo de pó,
fungos, bactérias, vírus e ácaros, itens causadores de alergias, doenças respiratórias e irritações. Por outro lado, tentar higienizar essas áreas com desinfetantes, alvejantes, cloro ou
usando soluções caseiras de limpeza-- que incluem bicarbonato de sódio, vinagre, água e detergentes-- pode levar à danos irreversíveis nos tecidos, corroendo as tramas e queimando as fibras.
"Quando borrifamos essas soluções ou aplicamos algum produto de limpeza, em um primeiro momento pode parecer que o serviço ficou bom, mas em seguida aparecem aquelas manchas em onda,
geralmente amareladas, mostrando os danos", comenta a especialista em higienização de estofados e proprietária da CleanFor, Josiane Menegusso. > "Limpar os sofás com soluções
caseiras, borrifando produtos, só > faz com que o tecido absorva mais um item. Não há extração da > sujeira e muitas vezes dificulta uma limpeza profissional no futuro, > isso
quando não danifica o sofá de uma vez", explica a > profissional. O maior risco é para sofás de linho e algodão, que possuem um alto poder de absorção, além do couro. "Os de
veludo e suede puxam bem rápido toda a sujeira e líquidos. Mas por outro lado, também são tecidos que devolvem esse material absorvido de forma mais fácil em uma limpeza profissional ou
não", acrescenta Menegusso. A melhor saída, por tanto, ainda mais durante a quarentena, é recorrer pelo menos uma vez por semana, ao uso criterioso do aspirador de pó. Essa frequência
pode ser ainda maior para quem tem crianças pequenas e animais dentro de casa. É o que indica Gisele Leal, proprietária da Sierra Móveis Gabriel, tradicional marca e loja de móveis e
estofados. “Depois de aspirar é possível passar um pano levemente umedecido com água para retirar partículas de sujeira”, aconselha a empresária. "Em sofás de tecidos é possível
utilizar, além do pano levemente umedecido, um pouco de detergente neutro e uma escova de cerdas macias. Já nos modelos de couro ou courino, recomenda-se a limpeza do dia-a-dia com um
espanador ou uma flanela bem macia para não riscar ou manchar a superfície. Todavia, em nenhuma matéria-prima deve-se aplicar produtos químicos ou abrasivos", lembra. Já em casos
acidentais, quando líquidos entram em contato com o sofá, a melhor tática emergencial é recorrer a um pano bem seco e pressionar o local da mancha, deixando que a flanela absorva o excesso,
dispensando o acréscimo de produtos de limpeza nessa equação. Para aumentar a durabilidade do estofado e também garantir que o local estará livre de agentes alérgenos, também vale programar
na agenda higienizações com extração profissional a cada ano, para lares onde a frequência de uso do sofá é baixa, a cada seis meses para famílias numerosas ou que façam grande uso e até
trimestralmente, para quem sofre com doenças respiratórias ou pessoas com deficiências motoras. Além de sugar a sujeira com equipamento próprio para este fim, as higienizações profissionais
também costumam realizar aplicação de produtos específicos para desinfetar, desodorizar e remover gordura corporal dos tecidos. Veja um exemplo desse processo: