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A Turquia busca se impor como um líder no ORIENTE MÉDIO, depois de anos desperdiçados na sua fracassada tentativa de integrar a UNIÃO EUROPEIA. Já o Brasil, no governo do presidente LUIZ
INÁCIO LULA DA SILVA, quer se posicionar como um LÍDER GLOBAL, e não apenas regional. As ambições paralelas de Lula e do premier turco, RECEP TAYYIP ERDOGAN, que são classificados como
"almas gêmeas" por alguns analistas internacionais, tiveram apoio de Washington em algumas questões, como o envolvimento do Brasil no Haiti e nas tentativas da Turquia de negociar
um acordo de paz entre sírios e israelenses, em 2008. Em outras, houve divergências, como nas duras críticas da Turquia a ISRAEL, um dos principais aliados norte-americanos no mundo, durante
a guerra em GAZA, e na recusa do Brasil em reconhecer o atual governo hondurenho de PORFÍRIO "PEPE" LOBO, aceito pela CASA BRANCA. O envolvimento de Brasília e Ancara na questão
iraniana intensificou as diferenças entre os dois países e os ESTADOS UNIDOS. Os norte-americanos passaram todo o primeiro semestre tentando conseguir apoio para uma nova resolução com
sanções ao regime iraniano. Simultaneamente, os governos de Lula e Erdogan tentavam encontrar uma SAÍDA DIPLOMÁTICA. Nesta semana, tanto os EUA como o Brasil e a Turquia, atingiram seus
objetivos, um dia depois do outro. Na segunda-feira, o governo americano se irritou com o acordo acertado por brasileiros e turcos com TEERÃ. Ontem, foi a vez de o chanceler brasileiro,
CELSO AMORIM, dar uma entrevista irritado para a rede de TV CNN. Na conversa, ele criticou as iniciativas americanas de levar adiante a proposta de resolução, afirmando que, com o acordo na
mesa, o Brasil não deve apoiar novas sanções. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Veja também