Caravana de 5 mil migrantes da américa central avança pelo sul do méxico

Caravana de 5 mil migrantes da américa central avança pelo sul do méxico

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Milhares de migrantes da América Central estão avançando mais rapidamente pelo México na expectativa de realizarem seu sonho de chegar aos Estados Unidos. A caminhada deste domingo é uma das


mais longas já realizadas pelo grupo de viajantes que, exaustos, tentam obter progresso a todo custo.  Leia também: 6 coisas que você precisa saber sobre a caravana de migrantes que está


indo para os Estados Unidos O Ministério do Interior do México estima que mais de cinco mil imigrantes estejam hoje passando pelo sul do país no meio da caravana ou em grupos menores.


Segundo as autoridades, 2,7 mil imigrantes pediram asilo no México e outros 500 pediram ajuda para retornar a seus países de origem.  A maioria dos viajantes, cerca de quatro mil no grupo


principal, caminham pelo que alguns têm chamado de “rota da morte”, em direção a cidade de Córdoba, no estado mexicano de Veracruz. Este é o mesmo estado onde centenas de imigrantes


desapareceram nos últimos anos ao se tornarem alvo de sequestradores que tentam obter dinheiro de resgate. A jornada parece estar trazendo dificuldades. Há um dia, o grupo foi marcado por


divisões enquanto alguns imigrantes discutiam com os organizadores e criticavam autoridades mexicanas antes de decidirem ir por conta própria em direção à Cidade do México.  Autoridades de


Veracruz informaram em setembro a descoberta de ao menos 174 corpos enterrados em túmulos clandestinos, levantando questionamentos sobre se os corpos pertenciam aos imigrantes.  Os membros


da caravana tem contato com auxílio de moradores das cidades por onde passam no México.  Na cidade de Benemerito Juarez, que tem apenas 3 mil habitantes, moradores se juntaram para fazer


tacos, encher garrafas de água e entregar frutas aos viajantes na estrada.  “Eu não tinha comido e estava com muita sede”, disse Manuel Calderon, 43 anos, imigrante de El Salvador. Muitos


membros da caravana já estão na estrada há mais de três semanas. Mynor Chavez, hondurenho de 19 anos, afirma que não pode desistir. “Eu não tenho esperança. Nem mesmo com um diploma de


técnico de informática, eu pude conseguir um emprego”, disse. Fonte: Associated Press.