Eua não confirmam uso de armas químicas pela síria

Eua não confirmam uso de armas químicas pela síria

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Os EUA não confirmam que o regime sírio de Bashar Assad usou armas químicas contra civis durante a guerra civil em curso contra insurgentes, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. A


declaração de Carney foi feita após a afirmação de Israel de que as forças governistas teriam usado esse tipo de armamento repetidamente no conflito, que já dura mais de dois anos. Os EUA


haviam declarado que o uso de armas químicas pela Síria faria com que o regime de Assad cruzasse uma "linha vermelha" que poderia deflagrar uma intervenção direta de forças


estrangeiras. Segundo Carney, a aferição do emprego dessas armas é difícil de ser feita e o governo americano se mantém cético quanto aos relatos de seu uso. Apesar da desconfiança, o


secretário de Estado, John Kerry, pediu à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que se prepare para uma resposta à possível manobra de Assad. Israel acusou a Síria pela primeira


vez pelo emprego de armas químicas contra insurgentes no mês passado, baseando-se em evidência visual, segundo a Inteligência do país. Funcionários da Inte­ligência ocidental haviam alertado


para o uso de armas químicas em 19 de março. Os governos britânico e francês comunicaram confidencialmente à ONU, na semana passada, ter evidências de ataques químicos em Aleppo, Homs e


possivelmente Damasco. PREOCUPAÇÃO O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse estar "extremamente preocupado" com o uso de mísseis de longo alcance e a possibilidade


do uso de armas químicas, mas afirmou que a aliança está pronta para se defender em caso de ataque a um dos seus 28 membros. Apesar da situação deteriorada, agentes da Otan consideram


virtualmente impossível que a aliança intervenha na situação. Mais de 170 mil civis já morreram no conflito.