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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a ameaçar os rebeldes houthis do Iêmen, aliados do Irã, dando a entender que Israel os atacará com força, assim como fez neste ano
contra o grupo terrorista xiita Hezbollah no Líbano e o palestino Hamas, na Faixa de Gaza. "Os houthis também aprenderão o que o Hamas, o Hezbollah, o regime de Bashar al-Assad e outros
aprenderam, e isso também levará tempo. Essa lição será aprendida em todo o Oriente Médio", disse Netanyahu no acendimento da primeira vela de Hanukkah em Jerusalém. "Hoje
acendemos a primeira vela de Hanukkah para comemorar a vitória dos macabeus naquela época, e também a vitória dos 'macabeus de hoje'", acrescentou em tom bíblico, lembrando
que, como naquela época, Israel continua a atacar "seus inimigos e aqueles que pensaram que poderiam cortar o fio das vidas israelenses". Pela quinta vez em uma semana, os houthis
lançaram durante a madrugada um míssil balístico contra Tel Aviv, cuja interceptação foi ouvida até mesmo em Jerusalém, embora as Forças de Defesa de Israel tenham afirmado que o míssil foi
interceptado fora do espaço aéreo israelense. O porta-voz militar houthi Yahya Sarea, que nesta quarta-feira (25) reivindicou a responsabilidade pelo ataque - o segundo ataque desse tipo
contra Israel em 24 horas -, reiterou que os bombardeios "em apoio ao povo palestino" continuarão até que "a agressão e o genocídio em Gaza" sejam interrompidos. Os
houthis, que pertencem ao ramo xiita do islã liderado pelo Irã, pegaram em armas em 2014 contra o governo iemenita reconhecido internacionalmente e, desde então, controlam a capital, Sanaa,
e grande parte do norte, do sul e do oeste do empobrecido país do sul da Península Arábica. Desde novembro de 2023, um mês após o início da guerra na Faixa de Gaza, os houthis têm atacado
navios mercantes e militares nos mares Vermelho e Arábico, bem como alvos em Israel, com drones e mísseis, a fim de prejudicar economicamente o país, aproveitando a posição estratégica do
Iêmen nessa importante rota marítima para o comércio internacional. Tais ações continuaram, apesar de suas posições terem sido bombardeadas em várias ocasiões pelos EUA, Reino Unido e
Israel. Esse novo ataque contra Tel Aviv ocorre depois que Netanyahu garantiu no último domingo que seu país atacará os houthis com "força" e com a ajuda dos EUA, enquanto o
ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ameaçou na terça-feira agir "em todo o Iêmen" se os ataques não pararem. VEJA TAMBÉM: