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Em entrevista por telefone concedida à emissora americana _NBC News_ neste sábado (29), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que está determinado a obter a Groenlândia — e
que “não tira nada da mesa” para alcançar esse objetivo, incluindo o uso da força militar. Apesar disso, ele acredita haver “uma boa possibilidade” de que essa medida extrema não seja
necessária. “Vamos pegar a Groenlândia. Sim, 100%”, declarou Trump à jornalista Kristen Welker, da _NBC_. O presidente americano ainda confirmou que as discussões sobre a possível anexação
do território — uma região semiautônoma sob domínio da Dinamarca — são “sérias” e estão em curso. “Absolutamente”, respondeu ele ao ser questionado se essas conversas eram reais. Segundo
informações da mídia americana, nos bastidores, o governo Trump vê a Groenlândia como um ponto estratégico vital, especialmente diante do crescente interesse geopolítico pelo Ártico. Apesar
da oposição explícita de autoridades dinamarquesas e da própria Groenlândia, Trump segue determinado no tema. “Há uma boa possibilidade de que a gente consiga fazer isso sem força militar”,
ponderou o presidente na entrevista. “Mas eu não tiro nada da mesa”, afirmou. A declaração de Trump vem após o vice-presidente americano, J.D. Vance, visitar a Groenlândia, algo que foi
tratado como “inoportuno” por lideranças locais. Na visita, Vance disse que a Dinamarca não fez “um bom trabalho pelo povo da Groenlândia”. “Vocês investiram pouco no povo da Groenlândia e
na arquitetura de segurança desta incrível e bela massa de terra, cheia de pessoas incríveis. Isso tem que mudar”, afirmou Vance. Além da questão territorial, Trump também voltou a defender
sua política tarifária. De acordo com informações da _CNN_, outra parte da entrevista à _NBC_, ele comentou sobre a possibilidade de negociar as tarifas recíprocas que pretende anunciar
oficialmente na próxima quarta-feira (2). “Só se as pessoas estiverem dispostas a nos dar algo de grande valor. Porque os países têm coisas de grande valor, caso contrário, não há espaço
para negociação”, afirmou. VEJA TAMBÉM: