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O Banco do Brasil confirmou que Paulo Caffarelli deixará a presidência da instituição a partir de novembro, na próxima semana. Em seu lugar, também foi confirmada a indicação do
vice-presidente de negócios de varejo do banco, Marcelo Labuto, por indicação do presidente Michel Temer, em conformidade com o estatuto social. Ele assume a presidência do BB a partir do
dia 1.º de novembro. Com 47 anos e natural de Belo Horizonte (MG), Labuto é graduado em Administração pela Universidade de Brasília (UNB) e em Administração de Sistemas de Informação pela
União Educacional de Brasília (UNEB), com MBA em Marketing, pela COPPEAD UFRJ. Funcionário de carreira do banco desde 1992, estava à frente de negócios de varejo desde 2016. LEIA TAMBÉM:
Nova Câmara defende reforma da Previdência, mas rejeita a de Temer Anteriormente foi presidente do braço de seguros da instituição, a BB Seguridade, responsável por tocar a sua abertura de
capital. É também presidente do conselho de administração da BB Seguridade Participações e tem passagens como membro do conselho de administração e fiscal de outras empresas do Grupo BB. O
PEDIDO DE RENÚNCIA Caffarelli, de acordo com comunicado ao mercado divulgado na manhã desta sexta-feira (26), apresentou pedido de renúncia aos cargos de presidente e membro do conselho de
administração com efeito a partir de 1º de novembro de 2018. Ele deixa o comando do BB, cargo que ocupou nos últimos dois anos, para assumir a presidência da Cielo, controlada pelo próprio
banco e pelo Bradesco. CAMPANHA PARA PERMANÊNCIA DE CAFFARELLI Funcionários do Banco do Brasil fizeram na manhã desta quinta-feira uma campanha espontânea para a permanência de Caffarelli no
comando do banco público. Com a hashtag #FicaCaffa, comentários em matérias aleatórias foram postados na rede de comunicação interna da instituição, o que não era possível nas gestões
anteriores, e também nas redes sociais. DESEJOS PARA O BRASIL: Mais espaço para a iniciativa privada Os funcionários do BB também defenderam a mudança da tradição de indicação política para
as empresas públicas no intuito de não “quebrar” as evoluções em curso na instituição. Nos bastidores, ele é bem avaliado pela equipe econômica do candidato Jair Bolsonaro (PSL), mas o
executivo preferiu partir para outro desafio. O LEGADO DE CAFFARELLI NO BB Caffarelli assumirá a presidência da Cielo após importantes feitos no Banco do Brasil. Em dois anos de mandato,
após ser indicado pelo presidente Michel Temer, ele conseguiu recuperar o retorno da instituição, prejudicado pela estratégia da ex-presidente Dilma Rousseff de usar os bancos públicos para
baixar os juros no País, melhorou os índices de capital e engordou seus resultados. A rentabilidade do BB - medida pelo indicador RSPL - saiu de 7,9% no primeiro semestre de 2016 para 13,3%
ao final de junho deste ano. Em termos de resultado trimestral, o lucro líquido ajustado do banco saltou quase 80%, saindo de R$ 1,801 bilhão no segundo trimestre de 2016 para R$ 3,240
bilhões no mesmo intervalo deste ano. Além disso, Caffarelli tocou mudanças como a revisão da sociedade com a seguradora espanhola Mapfre em seguros, melhorando as receitas do banco nesta
área, e a reestruturação do quadro de colaboradores, diminuindo as despesas da instituição e consequentemente, tornando-a mais eficiente. Avançou ainda em questões até então pouco difundidas
dentro do BB, como equidade de gênero e raça.