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A SECRETARIA DE SAÚDE DO PARANÁ quer antecipar a campanha de vacinação contra a gripe H1N1 em 2013. A intenção do órgão é começar a aplicar as doses entre os meses de março e abril. Em 2012,
as aplicações começaram a ser feitas em maio e foram até junho. A discussão sobre a necessidade de imunizar as pessoas mais cedo surgiu no PRIMEIRO SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE SÍNDROMES
RESPIRATÓRIAS, que acontece nesta sexta-feira (14) e sábado (15), em Curitiba. De acordo com o superintendente de vigilância em saúde, Sezifredo Paz, a antecipação é um instrumento que
ajudará no combate à enfermidade. "Nosso outono já apresenta temperaturas baixas, precisamos nos antecipar com a prevenção. Temos gente do Ministério da Saúde nesse evento e estamos
reivindicando a eles que haja antecipação da campanha", diz. Paz relata que a secretaria quer ainda ampliar o grupo de pessoas que recebem a imunização. Neste ano, a faixa de pessoas
vacinadas determinada pelo Ministério da Saúde foi de crianças de 6 meses a dois anos, trabalhadores da saúde, indígenas, gestantes e idosos. "Nós conseguimos doses a mais e mais
pessoas foram imunizadas, mas queremos que o Ministério da Saúde estenda o grupo de abrangência para crianças além dos dois anos, pelo menos", relata. NÚMEROS DA GRIPE A secretaria
divulgou nesta manhã o relatório atualizado com os números da gripe H1N1. O total de casos no ano é de 1.111, com 40 infectados mortos no ano. O número de vítimas fatais é maior do que o
registrado entre os contaminados com a gripe comum. Em 2012, até este mês de setembro, 752 pessoas foram atendidas com a gripe "convencional", e, destas, 15 morreram. "As duas
gripes são importantes, mas sem dúvida precisamos ter um cuidado especial com a H1N1. Do último relatório [divulgado em agosto] para agora, mais quatro mortes foram confirmadas, todas no
grupo de risco das que já possuem doenças crônicas antes de contrair a gripe", relata. PROTOCOLO DE TRATAMENTO No Paraná, em 2012, os pacientes com sintomas de gripe passaram a poder
receber o oseltamivir Tamiflu é o nome comercial para o tratamento. A droga pode ser receitada mesmo antes de haver a confirmação com o diagnóstico de gripe H1N1. O protocolo de
tratamento no restante do país, no entanto, é diferente, com a necessidade de confirmação antes da prescrição do medicamento. A intenção dos debates do seminário, segundo Paz, é incluir a
recomendação de que o protocolo seja modificado, e passe a funcionar como no Paraná. "Aqui foi comprovado que o medicamento funciona muito bem para o tratamento. É possível modificar
esse protocolo, inclusive quando há falta de alguma das seis formas do oseltamivir. Tivemos uma experiência com a manipulação do medicamento para adultos e fizemos adaptação do medicamento
(para crianças) com resultado bastante positivo", defende. Veja também