Pm é preso em momento mais tenso da greve na ba

Pm é preso em momento mais tenso da greve na ba

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Veja também Salvador - O policial militar Alvin dos Santos Silva, integrante do movimento grevista da PM da Bahia, foi preso ontem, acusado de formação de quadrilha e roubo de patrimônio


público – no caso, os veículos da PM retidos pelos grevistas. A detenção ocorreu em cumprimento à decisão judicial que expediu 12 mandados de prisão contra policiais em greve. Ontem, um


grupo de 40 agentes da Polícia Federal desembarcou em Salvador para cumprir os mandados e encaminhar os detidos para presídios federais. O comando grevista permanece aquartelado na


Assembleia Legislativa. Parados desde a última terça-feira, os policiais dizem que não recuarão, mas reduziram suas reivindicações, de seis para três. Eles dizem que aceitam voltar ao


trabalho se o governo conceder anistia administrativa, incorporar gratificações aos salários e pedir a revogação das 12 prisões determinadas pela Justiça. "Já reduzimos ao máximo a


nossa proposta, agora falta o governo fazer a sua parte", afirmou o líder do movimento e presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia (Aspra),


Marco Prisco. O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse que não atenderá as reivindicações dos grevistas. "É a primeira vez que alguém faz greve depois de ter um aumento de 6,5%


para repor a inflação", afirmou. Protegido por cerca de 30 homens armados, Prisco disse estar sendo ameaçado de morte. Para evitar ser encontrado, muda constantemente de sala, dentro


da Assembleia. Prisco passou mal na sexta-feira e foi medicado. Uma enfermeira o acompanha. Ontem, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), deu um ultimato para


que os grevistas desocupem a Casa até a meia-noite. "Quero a Casa que eu presido de volta. Não posso permitir que o Poder Legislativo seja esconderijo de foragidos", disse. Aliado


do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), Nilo pediu ao comandante da 6.ª Região Militar, general Marco Gonçalves Dias, responsável pelo policiamento em Salvador, que desocupe a Assembleia


após o prazo dado aos grevistas. O anúncio do ultimato elevou a temperatura na Assembleia. Helicópteros com militares sobrevoaram o local à tarde. Em nota, a assessoria dos grevistas disse


que "mais de 3 mil homens, mulheres e crianças" estão no local e que "policiais militares de todas as cidades estão chegando a Salvador para lutar e resistir". Na


madrugada de sexta-feira para sábado, a reportagem esteve na Assembleia e estimou que havia entre 800 e mil pessoas.