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No momento em que o PV e o PSB procuram construir candidaturas próprias à Presidência da República, o PTB é outro partido com vaga no primeiro escalão do governo que começa a se distanciar
da candidatura da ministra da Casa Civil, DILMA ROUSSEFF. O presidente da legenda, ROBERTO JEFFERSON - deputado que denunciou o MENSALÃO e teve o mandato cassado em 2005 - anunciou que o PTB
não indicará um substituto para JOSÉ MÚCIO MONTEIRO, titular das Relações Institucionais, se for confirmada a nomeação do único ministro petebista para o Tribunal de Contas da União (TCU).
Jefferson está trabalhando pela aliança com o PSDB dos governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves. "O PTB não indicará ninguém porque quer ficar com
liberdade. O ideal é não ter mais ninguém no governo. Quando Múcio sair, não teremos nenhum pedido para fazer ao Lula. O presidente poderá até fazer uma escolha pessoal de algum integrante
do partido, mas nós não vamos indicar", disse. O parlamentar cassado reconhece a divisão interna. Segundo ele, o PTB do Nordeste, com o pernambucano José Múcio à frente, e do Distrito
Federal, por meio do senador Gim Argello, "são mais lulistas" e querem o apoio a Dilma. "Eu torço pelo Aécio, que é muito mais light que o Serra. No Sul e no Sudeste, a
tendência é o PSDB. Não vamos liberar o partido, teremos um candidato", avisou.