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O lutador português JOÃO CARVALHO, que morreu dois dias após lutar em um evento na Irlanda em 2016, sofreu 41 GOLPES NA CABEÇA durante o fatídico combate contra o irlandês Charlie Ward. A
informação foi divulgada na última quinta-feira (8), em inquérito no Tribunal Coroner, em Dublin. Na mesma sessão, o neurologista DANIEL HEALY, fundador do projeto ‘MMA Seguro Irlanda’,
revelou que tentou adiar o evento TEF 1 três meses antes de sua realização. Healy afirmou que conversou com CESAR SILVA, promotor do torneio, mas ouviu que o orçamento do evento era
insuficiente para cumprir todos os padrões de proteção aos lutadores. O relato foi publicado no site MMAFighting. “Expliquei para ele na época que os padrões do boxe profissional irlandês
devem ser cumpridos para um evento de MMA na Irlanda. Então houve uma série de e-mails entre janeiro e abril de 2016 — que posso fornecer se necessário — nos quais expliquei que os padrões
são requeridos, e por recomendação do ministro dos esportes”, relatou o médico. O evento aconteceu mesmo assim, com dez lutas ao todo. Na antepenúltima, Carvalho perdeu por nocaute técnico
no terceiro round. Depois, foi andando até uma sala médica para ser observado, onde começou a vomitar dez minutos depois. O atleta, então com 28 anos de idade e apenas três combates
profissionais, foi transportado de ambulância ao hospital mais próximo, mas não resistiu aos traumas e morreu no dia 11 de abril de 2016. Ninguém foi processado pela morte do lutador. O júri
recomendou a criação de um órgão nacional para supervisionar o MMA na Irlanda.