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A programação do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), hoje apresentada, em Lisboa, inclui as óperas “Werther” e “Macbeth”, a nova produção “The Rake’s Progress”, e ainda dois bailados e
concertos até junho de 2015.
A programação foi hoje apresentada naquela entidade numa conferência de imprensa com a presença do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, o consultor artístico Paolo
Pinamonti, a maestrina Joana Carneiro e a administração do Organismo de Produção Artística (OPART), que tutela o teatro.
Trata-se da primeira temporada do São Carlos desenhada por Paolo Pinamonti, que já dirigiu anteriormente o teatro, entre 2001 e 2007.
O São Carlos volta a ter uma programação de setembro a junho, o que não acontecia desde 2011, e nesta contam-se sete títulos na temporada lírica – cinco óperas e dois bailados – e uma
temporada sinfónica que abre a 20 de setembro, dirigido pela maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP), Joana Carneiro.
A temporada lírica abre a 27 de outubro com a reposição de um título que esteve em Lisboa há dez anos: “Werther”, de Jules Massenet, encenado por Graham Vick, com a direção de orquestra a
cargo de Cristóbal Soler.
Nos três papéis principais, “Werther”, “Charlotte” e “Albert”, estarão o tenor Fernando Portari, o meio-soprano Veronica Simeoni e o barítono Luís Rodrigues.
O bailado sobe ao palco do TNSC na época do Natal, em colaboração com a Companhia Nacional de Bailado, através do clássico “Quebra Nozes”, com a música de Piotr Ilitch Tchaikovsky, mas numa
nova coreografia de Fernando Duarte.
Fernando Duarte, da CNB, também assina a coreografia de “O Pássaro de Fogo”, com música de Igor Stravinsky, que será apresentada em junho pelo teatro.
Em janeiro de 2015, em colaboração com as secretarias de Estado da Cultura de Portugal e de Espanha, será apresentada “Los diamantes de la corona”, de Francisco Asenjo Barbieri, uma zarzuela
de ambientação portuguesa com encenação de José Carlos Plaza.
Ainda na ópera, “Macbeth”, de Giuseppe Verdi, estará no teatro em fevereiro e março, com encenação de Elena Barbalich e direção musical de Domenico Longo.
Seguir-se-á, no final de março, “La Cenerentola”, de Gioachino Rossini, numa produção dirigida por Paul Curran, e direção musical de Pedro Neves.
Entre o final de maio e o início de junho, será apresentada uma nova produção de “The Rake’s Progress”, de Igor Stravinsky, considerada uma das óperas líricas fundamentais do século XX,
encenação a cargo de Rui Horta, e direção musical de Joana Carneiro.
Ainda segundo a temporada hoje divulgada, em novembro e dezembro o teatro vai dedicar um momento de reflexão sobre as duas guerras mundiais através de páginas musicais de homenagem,
nomeadamente ao escritor Primo Levi, sobrevivente dos campos de concentração nazis
No dia 20 de dezembro, no palco do Teatro, o contratenor e diretor de música antiga, Carlos Mena, dirigirá “O Messias” de Handel, na versão de Mozart, no concerto de Natal.
Antonín Dvorak, Luís de Freitas Branco, Maurice Ravel, Mendelssohn Franz Liszt, Mahler, Chopin, Ravel, Rachmaninov e Grieg são alguns compositores cujas obras serão interpretadas em
concertos desta temporada do São Carlos.
Paolo Pinamonti sublinhou que nesta programação a temporada sinfónica realizar-se-á “em significativa e importante colaboração com o Centro Cultural de Belém, dirigido até há poucos meses
pelo inolvidável Vasco Graça Moura”.
A temporada de concertos prevê também um ciclo no São Carlos, em abril, com a presença em Lisboa do pianista Joaquín Achúcarro que apresentará quatro concertos para piano e orquestra
dirigidos pela maestrina Joana Carneiro.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência Lusa