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ROMA, 28 AGO (ANSA) – Por Patrizia Vacalebri – O setor de moda homenageará os seus grandes protagonistas, os designers que prestigiaram o “Made in Italy” ao entrar na história do século, com
uma série de exposições, entre retrospectivas e grandes celebrações. A primeira é a mostra que a cidade de Legnano dedica a Gianfranco Ferré, que será inaugurada no próximo dia 6 de
setembro, na Sala degli Stemmi do Palazzo Malinverni, e estará aberta ao público até 6 de outubro. A exposição explora o gênio do design e a sua abordagem à criação, através de
fotografias, esboços, imagens e vídeos dedicados à sua peça de roupa mais icônica, a camisa branca. Os desenhos, agrupados em seções temáticas, ilustram alguns dos princípios fundamentais
do design que inspiraram o seu processo criativo: corpo, material, cor, detalhe, volume e finalmente movimento. A instalação, com curadoria do arquiteto Martino Berghinz, é inspirada nos
códigos típicos da linguagem de Ferré e será caracterizada pela limpeza, linearidade e contrastes de preto e branco. Já a retrospectiva sobre Elio Fiorucci, com curadoria de Judith Clark
e desenhada por Fabio Cherstich, será inaugurada na Trienal de Milão, no dia 6 de novembro. A exposição celebrará a história do estilista, que o crítico de arte e pintor Gillo Dorfles
rebatizou de o “Duchamp da moda italiana”, e selará o novo rumo da marca, juntamente com o desfile previsto para a Milan Fashion Week e a inauguração da Casa Fiorucci, um centro criativo
para novos talentos. O itinerário da exposição explorará as dimensões criativas e empresariais do designer falecido em 2015, um pioneiro pop na Itália que revolucionou o vestuário, a moda
e a arte contemporânea, a partir de uma boutique na Galleria Passarella de Milão, perto da Piazza San Babila. O ano era 1967 e com sua abordagem irreverente, irônica e eclética, que fez
da poluição sua nova marca registrada, Fiorucci reescreveu novas regras da moda, criando as bases das lojas-conceito. A sua abordagem inovadora à criatividade mudou a face da cultura pop nas
décadas de 1970 e 1980. Da Lombardia à Toscana, a exposição “Ferragamo 1898-1960”, inaugurada em outubro passado no Museu Ferragamo no Palazzo Spini Ferroni e estendida até 4 de novembro
de 2024, é imperdível e celebra a história do “sapateiro das estrelas”, que em 1923 abriu sua primeira loja em Hollywood, conquistando os Estados Unidos. A exposição é inspirada na
primeira retrospectiva dedicada a Ferragamo, em 1985, no Palazzo Strozzi. Por sua vez, Walter Albini, o inventor do prêt-à-porter, expressão que significa “pronto a vestir”, é celebrado
em Prato. A mostra será realizada até 22 de setembro, com curadoria de Daniela Degl’Innocenti e Enrica Morini, no Museu Têxtil de Prato. O ponto de partida para a criação da exposição
foram os mais de 1,7 mil objetos, como esboços, joias, desenhos, fotografias, documentos, livros, roupas e tecidos do designer, parte do patrimônio do Museu Têxtil, que contribuíram para
esboçar um acabamento finalizado. A iniciativa é uma oportunidade para conhecer a história de um protagonista da moda italiana do final dos anos 1960 e início dos anos 1980, pouco
conhecido pelas novas gerações. Enquanto isso, em Roma, em novembro deste ano, o Museu Maxxi verá um grande retorno aos seus espaços: o da moda. A exposição “Memorável: Ipermoda”,
organizada em colaboração com a Câmara Nacional de Moda Italiana e com curadoria de María Luisa Frisa, oferecerá uma complexa constelação de itens do setor, como roupas e acessórios, mas
também imagens para contar o presente da moda, na sua forma criativa e estrutura econômica, nas práticas de design, na utilização de tecnologias cada vez mais sofisticadas, nos protagonistas
e atores coadjuvantes, e na sua aspiração a ser, de fato, memorável. Paralelamente, em Londres, a Barbie, ícone da moda pop de gerações inteiras produzida pela Mattel, está exposta no
Design Museum. A rainha das bonecas há 65 anos ficará à mostra até 23 de fevereiro de 2025. “Barbie: A Exposição” traça a história e a evolução da Barbie entre o design e a moda, através
de uma seleção de bonecas, que vão desde a primeira edição até as opções falantes ou icônicas. A mostra traça as mudanças da Barbie no que diz respeito à evolução cultural, do ponto de
vista da diversidade e da inclusão, apesar de a relação com a moda, demonstrada pelos looks modernos e pelas roupas de marcas prestigiadas e grandes estilistas, estar no centro da
iniciativa. (ANSA).