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O dólar avançou ante outras moedas fortes nesta sexta-feira, 3, e encerrou a semana em alta, diante da aversão a risco global causada pela pandemia de coronavírus e com a fraqueza de divisas
europeias, após indicadores de atividade do Velho Continente terem despencado em março. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 108,36 ienes, o euro recuava a US$ 1,0822 e a libra
cedia a US$ 1,2274. O índice DXY, que mede a variação dólar em relação a outras moedas fortes, subiu 0,40%, a 100,576 pontos, com ganho semanal de 2,25%. “Foi mais uma boa semana para o
dólar”, resume a diretora-gerente de estratégia de câmbio do BK Asset Management, Kathy Lien. A especialista ressalta que a divisa americana subiu contra “todas as principais moedas” hoje,
mesmo após a divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos, conhecido como payroll. O dado mostrou que 701 mil vagas de trabalho foram fechadas no país em março e que a taxa de
desemprego subiu de 3,5% para 4,4%. “O dólar manteve ganhos apesar das notícias horríveis no mercado de trabalho americano”, afirma o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do banco
americano Western Union. O que deu força ao dólar, no entanto, foi a fraqueza de moedas como o euro e a libra, que têm grande peso índice DXY. Os investidores desfizeram posições nas divisas
europeias após os índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da zona do euro, do Reino Unido e da Alemanha terem caído à mínima histórica, com os impactos do
coronavírus. Ante outras moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar avançava a 24,8641 pesos mexicanos, a 19,0698 rands sul-africanos e a 64,9146 pesos argentinos, no fim da tarde em
Nova York.