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De titular absoluto a reserva nem mais utilizado no Santos. De modo radical, foi assim que se alterou o status de Emiliano Vecchio a partir do intervalo da vitória por 3 a 1 sobre o uruguaio
Nacional, pela Copa Libertadores, em 15 de março. Desde então, o time disputou mais quatro jogos e sem aproveitar o argentino, o técnico Jair Ventura testou jogadores diferentes e, nos
clássicos contra o Palmeiras, até um novo modelo tático. A primeira opção do treinador para a vaga de Vecchio foi Jean Mota. O polivalente meio-campista, que anteriormente vinha sendo
improvisado na lateral esquerda, foi escalado na função do argentino nos dois duelos com o Botafogo de Ribeirão Preto, pelas quartas de final do Campeonato Paulista. Mas o time atuou mal,
empatou ambos os duelos e só avançou às semifinais na disputa de pênaltis. Jair, então, mudou novamente. Apostou em Diogo Vitor no primeiro clássico com o Palmeiras, vencido pelo rival por 1
a 0, com o restante do setor ofensivo sendo completado por Arthur Gomes, Eduardo Sasha e Gabriel. E forçado pela lesão de Léo Cittadini, escalou Renato ao lado de Alison na marcação,
apostando no esquema tático 4-2-3-1. A repetição do esquema com dois volantes se deu no triunfo por 2 a 1 sobre o Palmeiras – o time caiu nas semifinais do Paulistão na disputa de pênaltis
-, na última terça-feira, mas dessa vez o quarteto ofensivo foi formado por, de fato, quatro atacantes, pois Rodrygo entrou no lugar de Diogo Vitor, como, aliás, havia ocorrido durante o
segundo tempo do clássico anterior. Em comum entre esses quatro jogos, a opção de Jair de não acionar Vecchio, mesmo tendo realizado as três alterações em todos os compromissos, preferindo
apostar em nomes como Vitor Bueno e Jean Mota. Mas apesar da mudança brusca de status do argentino, o treinador santista nega ter qualquer problema com Vecchio, o elogia e assegura que
poderá usá-lo novamente. “O Vecchio é super solícito. É lógico que o jogador quer jogar, mas não houve nada. É um cara fantástico, deu uma declaração muito bonita no vestiário. É um cara de
grupo. O Vecchio faz parte desse grupo e nada impede que ele possa voltar a atuar. Foi uma opção minha. Ele vibra no banco, quer ajudar de alguma maneira, é um cara especial”, disse. A
possibilidade de voltar a usar Vecchio pode até surgir em breve, pois Gabriel está suspenso do próximo compromisso do Santos, em 5 de abril, quando o time vai visitar o Estudiantes, pela
Copa Libertadores. Assim, Jair terá que mudar uma peça no setor ofensivo que escalou no clássico contra o Palmeiras. E o argentino surge como uma opção, ainda mais se o treinador optar por
dosar o ritmo do jogo como visitante. O treinador só parece estar descrente que uma nova opção para a vaga que anteriormente vinha sendo ocupada por Vecchio apareça de fora do Santos, que
até agora fracassou na busca por um camisa 10 no mercado. “O Santos segue trabalhando, mas a gente trata isso de forma interna”, comentou.