Bulgari servido à mesa - ISTOÉ DINHEIRO

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Redaçãoi Redação - https://istoedinheiro.com.br/author/admin3 11/04/2012 - 21:00 Copie a URL: Por volta de 1860, o joalheiro grego Sotirio Bulgari deixou sua terra natal – onde, segundo a


mitologia, vive Baco, o deus do vinho – para enfrentar novos desafios na Itália. Pouco tempo depois, em 1884, ele abriu sua primeira loja de produtos de prata, na Via Sistina, em Roma. Desde


então, seu sobrenome é sinônimo de luxo e sofisticação no mundo das joias. Passados quase 130 anos, os Bulgari partem para novos desafios e lançam sua própria marca de vinhos, em uma


homenagem a Baco e ao patriarca, fundador da empresa. A ideia está sendo liderada por Paolo Bulgari, herdeiro e ex-presidente do grupo.  As primeiras garrafas do vinho, batizado de


PoderNuovo, foram lançadas na feira internacional de Vinitaly, em Verona, na Itália. A empreitada é  a primeira do clã Bulgari depois da venda do controle da empresa, no início do ano


passado, para a francesa LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton. Mas eles não querem que a experiência seja vista como um mero passatempo de endinheirados ou uma extensão agrícola de uma marca


conhecida por seus caríssimos acessórios. “Nossa primeira batalha é não sermos conhecidos como o vinho Bulgari”, disse Paolo, ao jornal The New York Times. “O desafio é mostrarmos que


podemos produzir bons vinhos.”  Os 17 hectares de vinhedos da família Bulgari no sul da Toscana foram plantados em 2007 e, com a ajuda do renomado enólogo italiano Ricardo Cotarella, deram


vida aos três vinhos vintage 2009: um blend tinto toscano, um cabernet franc e um sangiovese, uma uva nativa homônima da região central da Itália. COM UMA PRODUÇÃO INICIAL DE 60 MIL


GARRAFAS, A VINÍCOLA DEVERÁ  DOBRAR ESSE VOLUME  ASSIM QUE ESTIVER EM PLENA OPERAÇÃO. OS VINHOS SERÃO VENDIDOS NO ATACADO POR R$ 30 A R$ 50 A GARRAFA. No Brasil, com frete e impostos, deverá


custar mais de R$ 300, mas o preço final no varejo ainda será estabelecido por importadores e distribuidores.  Os Bulgari não serão os únicos italianos do luxo a apostar em vinhos. Há quase


dois anos, os Cavalli e os Ferragamo também começaram a produzir vinhos finos. E se deram bem. No entanto, o êxito em um segmento nem sempre significa o sucesso em  outro. “Ainda mais


quando você lida com um mercado de especialistas, como o de vinhos italianos”, afirma Carolina Barruffini, diretora da consultoria de marcas GAD Branding. Segundo ela, se os Bulgari não


entregarem excelência de produto, tal jogada de negócio vai soar, sim, como “uma brincadeira de rico”. É um mercado muito concorrido e este é um momento difícil para vender qualquer coisa,


desde vinhos até carros”, afirma Paolo Bulgari. “A competição é dura e agora temos que ir lá fora e vender.” No caso do Brasil, que sejam bem-vindos. Copie a URL: