Editorial: força-tarefa no combate ao furto de fios | nd mais

Editorial: força-tarefa no combate ao furto de fios | nd mais

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A união das forças de segurança e de entes públicos em busca de soluções para a recente onda de furtos de fios e cabos elétricos na Grande Florianópolis é um ótimo começo. A primeira reunião


de planejamento e avaliação, proposta pelo Ministério Público de Santa Catarina, que envolveu governo do Estado, Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal de Florianópolis mostra o


interesse de todos os órgãos em solucionar os transtornos à sociedade, como no caso que deixou os semáforos da avenida Beira-Mar Norte desligados, na semana passada. Os casos de roubos de


fios e cabos elétricos não são novos – no ano passado, foram 234 ocorrências –, mas se acentuaram nos últimos meses, com cerca de 200 registros somente no primeiro trimestre. Ações como


essa, que envolvem todos os órgãos interessados em soluções, fortalecem o combate. Assim como a Operação Fio Desencampado, que somente na última quarta-feira apreendeu 3,5 toneladas de fios


de cobre, além de dois hidrômetros, armas de fogo, drogas e dinheiro, prendeu quatro pessoas e fechou dois comércios que receptavam e vendiam materiais furtados. O furto de fios e cabos


elétricos é um crime perigoso e que pode, inclusive, matar. É uma questão de segurança pública, mas também de ordem social, econômica e de saúde pública. Por isso, apertar o cerco contra os


estabelecimentos que receptam e vendem o material furtado e que contribuem para que a cadeia siga em funcionamento é primordial. Só há quem compre material furtado porque alguém se propõe a


vender. Neste sentido, a aprovação do projeto de lei que tramita na Câmara de Vereadores da Capital para cassar o alvará de comércios flagrados com material ilícito é urgente, assim como a


devida responsabilização. Com a força-tarefa, certamente teremos um plano estratégico, contínuo, baseado em dados e ações coordenadas para interromper esse ciclo e desarticular a cadeia de


furto, receptação e venda de fios, que é tão prejudicial, e que está associado diretamente ao tráfico drogas. Ao mesmo tempo, precisamos também unir esforços para trabalhar na prevenção


deste tipo de crime. Florianópolis não aceita mais viver de remediar o caos.