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Não é de hoje que os vândalos depredam e enfeiam o Centro de Florianópolis. Reportagem publicada na edição de ontem do jornal ND mostrou que a Casa da Alfândega, recém-restaurada ao custo de
R$ 5,8 milhões, está com as paredes pichadas. Outros prédios públicos na região central, como Arquivo Histórico, Secretaria Municipal da Administração, Correios e Pró-Cidadão também estão
depredados ou pichados. A ação dos vândalos deixa comerciantes, moradores e representantes do Poder Público indignados. Conforme o artigo 65 da lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais),
pichação é crime e pode resultar em detenção de três meses a um ano, além de multa. Para o secretário de Segurança Pública da Capital, Araújo Gomes, “a pichação é a epidemia das grandes
cidades modernas, um problema, sempre, de difícil solução, por sua característica furtiva e inconsequente”. Os casos de vandalismo destacados pelo ND comprovam que ainda precisamos avançar
muito nos quesitos educação e cidadania. Afinal, o cidadão também tem seu papel na construção de uma cidade melhor. A punição para quem comete esse tipo de delito deveria ser severa,
imediata e educativa. Os próprios vândalos é que deveriam pagar pelo que depredaram e ainda teriam que ser obrigados a ajudar a consertar ou mesmo prestar algum serviço comunitário. Dessa
forma eles poderiam aprender a dar valor ao patrimônio público. Só assim entenderiam que é o dinheiro deles mesmos, a partir dos impostos, que custeiam os reparos e as estruturas. É preciso
ainda uma mudança de atitude da própria população, diante dos flagrantes de vandalismo. Não se importar não é o caminho. É preciso acionar a polícia ou a Guarda Municipal, fazer a sua parte.
Não podemos apenas cobrar que a prefeitura cuide da cidade. É fundamental que cada cidadão também cuide. Só assim, ao andarmos pelas ruas, teremos a percepção de que nossa cidade está
sempre bem cuidada. Não podemos aceitar nem conviver com o vandalismo. A conscientização da importância de se zelar pelo patrimônio público deve fazer parte do nosso dia a dia.