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Equipes da Draco (Divisão de Repressão ao Crime Organizado), da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), retornaram à comunidade do Papaquara, no Norte da Ilha, onde havia sido
apreendido armamento de guerra na última quinta-feira (4). Os policiais encontraram mais duas pistolas 9 mm municiadas e enroladas em sacos plásticos escondidas no mangue. Na apreensão de
quinta-feira, os policiais localizaram dois fuzis novos, uma submetralhadora, uma escopeta e uma pistola calibre 45. O local onde estava o armamento é reduto do tráfico de drogas controlado
pela facção paulista PCC (Primeiro Comando da Capital). >> Armamento de guerra é apreendido com facção criminosa no Papaquara, em Florianópolis De acordo com o delegado Antônio Carlos
de Seixas Jóca, chegou uma informação à Draco, no início da semana, de que os traficantes retirariam as armas e levariam para o Morro do Mosquito, também Norte da Ilha. “A intenção deles era
formar um bonde com cerca de 20 homens para tomar a Vila União e, certamente, vingar a chacina praticada pela facção rival, o PGC [Primeiro Grupo Catarinense], ocorrida no dia 18 de abril”,
disse. Ainda segundo o delegado, o tráfico de drogas no Papaquara era comandado pelo PCC, que tomou os pontos de drogas da facção rival. Porém, integrantes do PGC se reuniram na noite de 18
de abril e, após matarem quatro pessoas do PCC, retomaram os pontos de droga. A facção paulista planejava rever “as biqueiras” numa invasão planejada para quinta-feira, mas o confronto foi
evitado pela Draco. A especializada vem tentando enfraquecer o poder das facções com a apreensão de armas. Neste momento, segundo Jóca, o alvo da Draco é o PCC. Após fazer um raio-X da
movimentação da organização criminosa no Estado, o delegado conseguiu 112 mandados de prisões e 34 de busca e apreensão contra integrantes da facção paulista. As medidas cautelares começaram
a ser cumpridas no dia 20 abril. Até sexta-feira, foram cumpridas 100 ordens judiciais e os 34 mandados de busca e apreensão. Segundo Jóca, 75% dos mandados de prisão foram cumpridos em
unidades prisionais. “As ordens executadas nas ruas são determinadas dentro de presídios”, informou. Do total de mandados de prisão, ele disse que já cumpriu 100. Desde o início da operação
o delegado apreendeu 15 armas. “O foco principal da equipe da Draco não é drogas, mas sim retirar das mãos do crime organizado o maior número possível de armamento e capturar as lideranças
de rua”, disse Jóca.