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Em comunicado, a AHRESP voltou a lamentar os prejuízos causados a vários estabelecimentos de restauração e bebidas em resultado das restrições ao horário de funcionamento durante os festejos
do título de campeão nacional de futebol, inclusive no dia 17 de maio, nas zonas de Alvalade e do Marquês de Pombal, sem adiantar qual o valor total das perdas. A associação empresarial
reforçou que as restrições impostas pela Polícia de Segurança Pública (PSP), e concretizadas por despacho pela Câmara de Lisboa, foram "num fim de semana de elevada procura, sobretudo
em zonas turísticas e empresariais". Apesar de reconhecer a importância da segurança pública, a AHRESP criticou o facto de os estabelecimentos de restauração e bebidas que foram
obrigados a encerrar se terem visto "confrontados com a venda de bebidas e comidas em estabelecimentos não sedentários ['roulottes'] instalados nas zonas da interdição".
No âmbito desta preocupação, nomeadamente a possibilidade de estas restrições se tornarem recorrentes, uma vez que Lisboa acolhe regularmente clubes candidatos ao título de campeão nacional
de futebol, como Sporting e Benfica, a associação teve na segunda-feira uma reunião com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), sob presidência de Carlos Moedas (PSD), para procurar que seja
garantida "maior coordenação e proteção da atividade económica" em futuras celebrações desportivas na cidade. "Recebemos da CML o compromisso de procurar que seja reforçada a
articulação com a AHRESP e a PSP, promovendo reuniões antecipadas e soluções equilibradas que garantam a segurança sem comprometer a atividade económica", adiantou. A este propósito, a
associação assegurou que continuará a acompanhar o processo, defendendo os interesses dos associados e reafirmando que "é possível conciliar segurança pública com o direito ao trabalho
e à atividade económica". Em 17 de maio, dia em que ficou decidido o título de campeão nacional de futebol, atribuído ao Sporting, dezenas de estabelecimentos comerciais em Lisboa
estiveram sujeitos a restrições do horário de funcionamento, nomeadamente perto de 20 estabelecimentos junto ao Estádio José Alvalade e cerca de 60 junto à Praça Marquês de Pombal, segundo
um despacho da CML, que justificou a decisão "por questões de segurança", após pedido da PSP. A AHRESP nasceu em 1896 e representa mais de 50 áreas de atividade dos setores do
alojamento turístico e da restauração e similares. Leia Também: Associação pede revisão da lei eleitoral: "Anulação de 113.449 votos"