Democratas tentam travar corte de 30% na agência meteorológica dos eua

Democratas tentam travar corte de 30% na agência meteorológica dos eua

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Representantes da Flórida, Colorado, Missouri e Illinois, alguns dos estados mais afetados por fenómenos climáticos extremos, anunciaram uma emenda à lei orçamental e fiscal em discussão na


Câmara dos Representantes que inclui uma redução de quase 1,5 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) para a NOAA, que na quinta-feira anuncia as suas previsões oficiais para a


temporada de ciclones no Atlântico. O deputado Jared Moskowitz, da Florida, está a liderar o esforço para alterar a proposta republicana "para garantir que a NOAA e o Serviço


Meteorológico tenham os recursos de que necessitam", alertando que "a época dos furacões começa dentro de 11 dias". "Cortar os fundos para a previsão meteorológica não


torna o governo mais eficiente, apenas torna os americanos mais inseguros", defendeu numa publicação nas redes sociais. As reduções à NOAA fazem parte do polémico plano de cortes


orçamentais e fiscais de Trump, que ainda não conta com a aprovação de todos os republicanos na Câmara dos Representantes.   Desde março, a administração Trump pediu aos responsáveis da NOAA


um corte adicional de 1.000 trabalhadores, 20% do total, o que poderia afetar a capacidade da agência de fazer previsões de tempestades, temporais e furacões. Os republicanos controlam


ambas as câmaras do Congresso norte-americano. O Presidente norte-americano, Donald Trump, reuniu-se na terça-feira com legisladores republicanos do Congresso para exortá-los a apoiarem a


sua lei orçamental, que enfrenta resistência no partido por aumentar o défice e restringir o acesso a cuidados de saúde. "Não houve gritos, acho que foi uma reunião cheia de amor",


disse Donald Trump aos jornalistas no final das discussões à porta fechada, na companhia do presidente republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson. "Vamos obter uma grande


vitória", afirmou Johnson, a propósito da votação prevista para o final da semana, que se prevê renhida. Johnson, pretende que o projeto de lei seja aprovado por ambas as câmaras do


Congresso antes do Memorial Day, 26 de maio, e esteja pronto para a assinatura de Trump antes do Dia da Independência, 04 de julho.    O líder republicano da Câmara dos Representantes também


manifestou o seu otimismo em relação ao texto, que antes de chegar ao hemiciclo tem de passar nas próximas horas um último teste na Comissão do Regimento da Câmara dos Representantes. A lei


não é consensual entre os republicanos, com os mais moderados a temerem que cortes significativos no programa de assistência médica aos mais desfavorecidos possa ter consequências


eleitorais a meio do mandato, em novembro de 2026, e os mais conservadores a exigirem mais cortes. Trump, está a pressionar os parlamentares a agirem rapidamente para aprovar esta lei,


principalmente para concretizar a extensão dos créditos fiscais de seu primeiro mandato, que expiram no final do ano. Batizado de "Uma Grande e Bela Proposta de Lei" - em homenagem


a Trump, que desta forma o havia adjetivado - o documento foi aprovado na Comissão Orçamental, numa primeira etapa e após uma primeira rejeição a 16 de abril. Leia Também: Líder da agência


de resposta a catástrofes substituído após depor no Congresso