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Várias testemunhas relataram situações tumultuosas quando as pessoas procuravam aceder a pacotes com produtos alimentares, com os militares israelitas a dispararem para procurar controlar a
situação. No centro da Faixa de Gaza, um vídeo da Associated Press mostra bombas de fumo a ser disparadas em um centro de distribuição, com disparos audíveis e um carro de combate israelita
nas redondezas. Testemunhas adiantaram que as tropas israelitas dispararam para procurar que grandes multidões de palestinianos dispersassem depois de se esgotarem os pacotes com os produtos
alimentares. Os tumultos têm dominado o sistema de distribuição de rações alimentares lançado esta semana pela designada Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em Inglês), que gere
três centros de distribuição no território palestiniano. Os dirigentes israelitas encarregaram a GHF de distribuir alimentação, apesar da oposição da Organização das Nações Unidas e dos
principais grupos de ajuda humanitária. Nos últimos três dias, tem havido relatos de tiroteios nos centros da GHF, dos quais resultou pelo menos um morto e dezenas de feridos, segundo as
autoridades da Faixa de Gaza. Os militares israelitas asseguram que permitiram a entrada de cerca de mil camiões com aluimentos na Faixa de Gaza e acusaram a ONU de incapacidade de os
distribuir, o que esta tem contestado. Os israelitas não permitem a entrada da comunicação social no território palestiniano. A fome e a má nutrição têm-se agravado entre os 2,3 milhões de
palestinianos na Faixa de Gaza desde que os dirigentes israelitas impediram a entrada no território de comida, combustíveis, medicamentos e outras, desde h+a cerca de três meses. A GHF abriu
três centros de distribuição, dois no externo sul da Faixa de Gaza e outro perto no centro, perto do designado Corredor Netzarim, controlado pelos militares israelitas. As grandes multidões
têm de percorrer vários quilómetros para lá chegar. Segundo a própria GHF, desde segunda-feira foram distribuídos 32.200 caixas com produtos alimentares. Cada uma, acrescentou, contém
produtos básicos, como açúcar, lentilhas, massa e arroz, permite fazer 58 refeições. A ONU e outros grupos humanitários recusaram participar no esquema, alegando que viola princípios
humanitários. Detalham que permite que os dirigentes israelitas usem a alimentação como arma, obrigando as pessoas a deslocarem-se aos centros de distribuição, esvaziando grandes partes do
território, além de o esquema não permite satisfazer as necessidades massivas da população. Leia Também: Proposta de trégua "não vai ao encontro das exigências do povo" de Gaza