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"Hoje, 01 de junho, o inimigo lançou um ataque de mísseis contra o local de uma das unidades de treino", escreveu o exército na rede social Telegram, relatando um número de mortos
de "12 e mais de 60 feridos". Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, o exército de Moscovo atacou várias vezes os locais onde os soldados ucranianos se encontravam
reunidos, por vezes longe da linha da frente. Estes ataques têm por vezes suscitado críticas na Ucrânia, com dirigentes políticos a acusarem o comando militar de criar alvos fáceis e de pôr
em perigo os soldados, ao agrupá-los. O exército afirmou hoje que "não houve reuniões ou ajuntamentos em massa" no local do ataque, cuja localização não foi especificada. A
"maioria" dos soldados dirigiu-se para um abrigo antiaéreo depois de ter sido dado o alerta de um ataque iminente, afirmou hoje o exército. Será efetuado um inquérito interno para
determinar as circunstâncias do ataque, acrescentou. "Se se verificar que as mortes e os ferimentos dos militares resultaram de ações ou inação por parte dos responsáveis, os culpados
serão severamente punidos", afirmou o exército. No final de maio, seis soldados ucranianos foram mortos e mais de dez ficaram feridos devido a um ataque russo a um campo de treino na
região de Sumy (nordeste), que faz fronteira com a Rússia. Em março, um ataque russo a um campo de treino militar matou muitos soldados, a mais de 100 quilómetros da linha da frente. O
exército não deu um número exato de mortos. O comandante das tropas terrestres ucranianas, Mykhailo Drapaty, denunciou os chefes militares que "desempenham as suas funções de forma
negligente". Em setembro de 2024, um ataque aéreo russo a um instituto militar em Poltava (centro da Ucrânia) matou cerca de 60 pessoas e feriu mais de 300. Leia Também: Sete mortos em
dois incidentes com pontes russas junto à Ucrânia