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"A Syria Airlines vai iniciar em breve os seus voos para a Turquia", revelou o governante turco, numa mensagem na rede social X, sem especificar uma data. Erdogan expressou ainda a
esperança de que a AJet, subsidiária de baixo custo da Turkish Airlines, "possa ainda operar voos regulares para a Síria". A Turkish Airlines retomou os voos para Damasco em
janeiro, seis semanas após a queda de Bashar al-Assad, após um hiato de 13 anos. A Syrian Airlines, a companhia aérea nacional anteriormente conhecida como SyrianAir, foi atingida por uma
série de sanções ocidentais após o início da guerra em 2011. No mês passado, Washington e Bruxelas levantaram as sanções económicas contra a Síria, permitindo ao governo e ao setor privado
voltar a ligar-se às instituições financeiras regionais e internacionais após anos de isolamento. As autoridades esperam que esta medida abra caminho à recuperação económica do país
devastado pela guerra e ajude a atrair investimento estrangeiro, especialmente no setor energético. Erdogan revelou ainda que a Turquia vai anunciar "boas notícias sobre energia muito
em breve", sem fornecer mais detalhes. Na semana passada, a Síria assinou um acordo de 7 mil milhões de dólares (6,12 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual) com um consórcio de
empresas do Qatar, da Turquia e dos Estados Unidos. O projeto, que inclui quatro centrais termoelétricas a gás no centro e leste da Síria e um parque solar de mil megawatts no sul, visa
produzir 5.000 megawatts. A Bolsa de Valores de Damasco retomou hoje as atividades após seis meses de encerramento, no âmbito dos esforços das novas autoridades sírias para relançar a
economia após a queda em dezembro de 2024 do regime de Bashar al-Assad. Al-Assad foi deposto por uma coligação de rebeldes e 'jihadistas' liderada pela Organização de Libertação do
Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe). As autoridades sírias têm reclamado em várias ocasiões um aumento dos investimentos e apoios internacionais para avançar com a reconstrução
do país após 14 anos de guerra civil, desencadeada pela violenta repressão do regime de Assad das manifestações pró-democracia de 2011 no âmbito da chamada "Primavera Árabe". O
líder do HTS e atual presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, também envidou esforços para tentar convencer a comunidade internacional a investir, garantindo que vai impulsionar um
processo de democratização e que respeitará os direitos das minorias, face às preocupações decorrentes da presença de 'jihadistas' no topo do governo. Leia Também: Erdogan propõe
novamente cimeira entre Putin, Zelensky e Trump na Turquia