Rússia descarta ser "ameaça" para reino unido e nega planos de ataque

Rússia descarta ser "ameaça" para reino unido e nega planos de ataque

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Num comunicado, a embaixada russa em Londres, que afirmou não haver qualquer intenção de cometer ciberataques ou "agressões" contra o Reino Unido, acusou o executivo do


primeiro-ministro Keir Starmer de disseminar uma retórica "contra a Rússia". "Parece que o tráfego pacífico de navios russos através do Canal da Mancha está, de alguma forma,


a interferir com o trabalhador povo britânico. A isto se soma que o ministro da Defesa, John Healey, acusou mesmo a Rússia de cometer ataques diários não-especificados ao país",


declarou a delegação diplomática no texto. A embaixada russa rejeitou, assim, "categoricamente" tais "falsas acusações". "É lamentável que, depois de substituírem os


conservadores, os trabalhistas continuem a inventar as mesmas desculpas russófobas para tentar mascarar a sua inépcia e justificar o aumento da sua despesa militar", lamentou, antes de


afirmar que se trata de uma política "orwelliana" (numa referência ao clássico romance distópico da literatura universal "Mil Novecentos e Oitenta e Quatro", publicado


pelo escritor inglês George Orwell em 1949). "A Rússia não representa qualquer ameaça para o Reino Unido ou para o seu povo. Não temos qualquer intenção de atacar o território e não


temos qualquer interesse ou necessidade dele", insistiu a representação diplomática russa. Esta reação russa foi motivada pela publicação pelas autoridades britânicas da sua nova


Análise Estratégica de Defesa, que aponta a Rússia e a China como principais ameaças para o país europeu. As relações entre o Reino Unido e a Rússia estão no seu ponto mais baixo desde a


Guerra Fria, depois da invasão russa da vizinha Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, que assinalou o início de uma guerra ainda em curso. A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em


armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país. Em janeiro passado, Londres e Kyiv assinaram um tratado bilateral de "parceria por 100 anos" que abrange áreas


como a defesa, a ciência, a energia e o comércio. O Reino Unido é um dos maiores fornecedores de ajuda militar e civil à Ucrânia e também forneceu formação em solo britânico a mais de 50.000


soldados ucranianos. Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na


Ucrânia. Leia Também: Moscovo responsabiliza Kyiv por ataques na fronteira que fizeram 7 mortos