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No dia em que arranca a terceira e última semana das provas de Monitorização e Aprendizagem (Moda), que vieram substituir as provas de aferição, a Federação Nacional dos Professores volta a
enumerar problemas que já tinha identificado, como alunos sem aulas, problemas técnicos com computadores e redes informáticas ou "sobrecarga de trabalho dos docentes". Mas agora
alerta que "muitos alunos" mais novos, do 4.º ano, estão ser avaliados sobre matérias que ainda não aprenderam: uns porque o ano letivo só termina no final de junho, outros porque
durante o ano não tiveram professor. "Muitos alunos estão a ser sujeitos a estas provas sem nunca terem tido aulas regulares de Inglês, devido à crónica falta de professores nesta
disciplina ao longo do ano letivo", alerta em comunicado enviado hoje para as redações. Os estudantes do 4.º e 6.º ano iniciaram na semana de 19 de maio as provas de Português,
seguindo-se as provas de História e Geografia de Portugal para os do 2.º ciclo e as de Inglês para os mais novos. E é precisamente nesta última disciplina que a Fenprof diz ter detetado
"os maiores constrangimentos". Para fazer estas provas, foi preciso "suspender as aulas de Inglês do 1.º CEB, e de algumas noutros ciclos, durante três semanas, devido ao
destacamento dos docentes para a aplicação das provas", afirma a maior federação representativa da classe. A Fenprof convocou uma greve às tarefas associadas a esta nova prova e garante
que a falta de condições para a realizar tem levado a que cada vez mais professores adiram à greve, em especial nos concelhos de Sintra, Oeiras, Amadora e Lisboa. Esta semana, até dia 6 de
junho, realizam-se as provas de 4.º ano de Matemática e Estudo do Meio e de 6.º ano de Matemática e Ciências Sociais, sendo que a Fenprof irá manter a greve de professores. A Lusa contactou
o ministério da Educação, mas não obteve resposta até ao momento. Leia Também: "A Inteligência Artificial está a transformar profundamente a educação"