Orçamento do estado? Ps "vai aguardar pela iniciativa do governo"

Orçamento do estado? Ps "vai aguardar pela iniciativa do governo"

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Questionado sobre se, como líder dos socialistas, vai exigir negociações com o primeiro-ministro antes da apresentação do Orçamento do Estado, José Luís Carneiro respondeu negativamente,


acrescentando que o PS "vai naturalmente aguardar pela iniciativa do Governo" e que o executivo será "maioritário" e terá "suporte parlamentar". "Vamos


aguardar pela proposta", afirmou Carneiro em declarações aos jornalistas após uma reunião com a direção da UGT, na sede da organização sindical em Lisboa. Esta posição é contrária à que


foi assumida pelo último secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que exigiu uma negociação com o Governo prévia à entrega do documento orçamental no parlamento, que resultou na


viabilização - através da abstenção - do Orçamento do Estado para 2024. Após mais de três meses de debate público, de avanços e recuos, entre o Governo e o PS, o primeiro-ministro, Luís


Montenegro, e o líder socialista, Pedro Nuno Santos, reuniram-se por duas vezes, a sós, para negociar a viabilização do orçamento pelo maior partido da oposição. José Luís Carneiro assegurou


que o PS vai ter uma "atitude construtiva" nas negociações com o próximo Governo e apresentar "propostas fundamentadas compatíveis com as capacidades do país",


sublinhando que tem uma "ideia de país" mais "desenvolvido, cosmopolita, integrado na economia global". Numa declaração inicial após o encontro com a UGT, Carneiro


enfatizou o que disse ser o seu compromisso com a valorização da Agenda do Trabalho Digno, a "valorização dos salários" e o "diálogo tendo em vista valorizar e proteger os


jovens trabalhadores". Questionado sobre as críticas dos patrões à Agenda do Trabalho Digno, Carneiro assegurou também que neste período de diálogo com pessoas e instituições pretende


também "promover um encontro com as entidades empresariais e com as entidades representativas dos empresários". "É evidente que a compatibilização de vontades é essencial


precisamente para esse objetivo, termos uma economia mais competitiva, mas que seja também mais inclusiva e que se faça com a dignificação das condições laborais", acrescentou. O


secretário-geral do UGT, Mário Mourão, mostrou-se satisfeito pelo encontro com Carneiro, salientando que o antigo ministro "já tem provas dadas" e "soube responder e este à


altura das respostas que eram necessárias" nas funções que já exerceu. [Notícia atualizada às 11h58] Leia Também: Vantagem no número de votos mantém PS como "segundo partido"