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Numa curta entrevista à SIC-Notícias, Blanco criticou ainda o que classificou de "excessiva colagem" à AD na recente campanha eleitoral, defendendo que, não tendo havido uma
aliança pré-eleitoral, deveria ter havido maior diferenciação da coligação PSD/CDS-PP. Sobre uma eventual candidatura à liderança, que já admitiu para o futuro, o conselheiro nacional
afastou-a por completo neste momento, salientando que deixou de ser deputado por opção própria. "Não faria sentido concorrer, eu não serei candidato, tenho três desafios profissionais
no setor privado, não é certamente o meu tempo", disse. Questionado quem poderá suceder a Rui Rocha, que anunciou no sábado a sua demissão, Bernardo Blanco defendeu que deverá ser um
deputado e - excluindo Carlos Guimarães Pinto que se tem mostrado indisponível para essas funções - considerou existirem "duas pessoas em melhores condições" no grupo parlamentar.
"É a Mariana Leitão e o Mário Amorim Lopes, qualquer um deles, a meu ver, dará um ótimo presidente da Iniciativa Liberal", disse, afirmando que até apoiaria ambos. "Se
quiserem mudar as regras do partido, termos uma liderança conjunta, eu apoiaria os dois. Acho que têm os dois excelentes capacidades políticas", acrescentou. Apesar de ter agradecido a
Rui Rocha pelo trabalho que fez na Iniciativa Liberal, o antigo deputado concordou com a sua análise de que o resultado nas últimas eleições "não foi suficiente", dizendo que o
partido tem de ambicionar no mínimo uma votação de 10%. "A meu ver, houve uma excessiva colagem à AD: das duas, uma, ou nos coligávamos ou não nos coligávamos. Não havendo coligação,
tem de haver uma diferenciação, as pessoas têm de saber o que é que nós defendemos e em que é que nós nos distinguimos", afirmou, considerando que o partido não devia ter recuado nas
suas propostas na área fiscal ou de redução de funcionários públicos. Nas legislativas de 18 de maio, a IL elegeu nove deputados, mais um do que nas eleições anteriores, em 2024. Em março, o
conselheiro nacional da IL Bernardo Blanco anunciou que não seria candidato a deputado nas legislativas de maio, justificando que pretendia dedicar-se ao setor privado e lançar um projeto
cívico. Leia Também: Secretário-geral fica com a gestão da IL até ser eleito substituto