Arquivado processo a empresário sobre aliciamento a cássio

Arquivado processo a empresário sobre aliciamento a cássio

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O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) arquivou o processo disciplinar ao agente João Carlos Paula, por alegado aliciamento ao antigo guarda-redes do Rio Ave


Cássio antes de um jogo com o Benfica. Em comunicado, o CD da FPF dá conta da decisão tomada por unanimidade na sexta-feira, relativamente ao processo disciplinar sobre eventual corrupção e


coação de jogador, na época 2016/17. Este processo, instaurado em 19 de janeiro do ano passado, visava aferir se João Carlos Paula "tinha tentado aliciar o jogador Cássio para que


facilitasse a derrota do seu clube, que era o Rio Ave, no jogo que disputou na época de 2016/17 contra o Benfica". Em causa estava um telefonema feito pelo agente, três dias antes do


jogo com os 'encarnados', que venceriam por 1-0, para a 32.ª e antepenúltima jornada da I Liga, aludindo a uma chamada feita na época anterior para o mesmo guarda-redes, sem que,


contudo, João Carlos Paula tenha "feito qualquer pedido ou oferta concreta". "Verifica-se assim que, além do depoimento do jogador Cássio Anjos sobre o telefonema que recebeu


do denominado José Carlos, com uma duração muito curta, onde não existiu qualquer pedido, proposta ou oferta concreta, nada mais existe que possa suportar uma acusação", detalha o


acórdão de arquivamento. O mesmo documento dá conta da inquirição ao também antigo futebolista do Rio Ave Marcelo, agora no Moreirense, que reiterou a abordagem de outro agente desportivo,


na época anterior. "Foi também inquirido o jogador Marcelo Santos Ferreira, que disse que só foi uma vez abordado no estacionamento pelo empresário César Boaventura, que lhe referiu que


tinha um clube para ele e que, no meio da conversa, lhe perguntou se ele não estava disposto a fazer um penálti no jogo contra o Benfica, tendo o declarante afirmado ter pensado que se


tratava de uma brincadeira", lê-se ainda. Boaventura foi condenado a três anos e quatro meses de prisão, suspensa na sua execução, por três crimes de corrupção ativa no futebol, em


fevereiro de 2024, quando o Tribunal de Matosinhos deu como provado o aliciamento aos ex-jogadores do Rio Ave Cássio, Marcelo e Lionn para que facilitassem no embate com o Benfica, na


temporada 2015/16, a troco de contrapartidas financeiras e contratuais. Leia Também: O sonho dos Petrodólares acabou. Pany Varela livre no mercado