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Exclusivo para assinantes A conversa do ministro da Defesa, José Múcio, com o general Júlio Cesar de Arruda sobre sua demissão do posto de comandante do Exército foi descrita como
"difícil" e "dura" por pessoas ligadas ao militar. * ENTENDA: O arrependimento de Valdemar Costa Neto sobre um pedido de Bolsonaro Apesar de a insatisfação do presidente
Lula com Arruda ser latente, o general acreditava que permaneceria no posto e procurou mostrar certa surpresa com o comunicado. Quando foi demitido por Múcio, o militar reagiu e lamentou a
decisão. Arruda, no entanto, não teve espaço junto ao ministro para tentar demovê-lo. Como informou a coluna, Múcio não via a demissão do general como o melhor caminho. O ministro da Defesa
mudou de ideia, no entanto, após receber um telefonema de Lula, por volta das 6h30 deste sábado. Na ligação, o presidente cobrou uma atitude em relação à nomeação do coronel Mauro Cid para
liderar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, da unidade de Operações Especiais, em Goiânia. O Palácio do Planalto já havia indicado que esperava que Arruda anulasse essa nomeação, mas ele
apresentava resistência. * BRIGA: Família culpa Carlos por postagem golpista em perfil de Bolsonaro e quer tirar suas senhas de acesso Cid é ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e alvo de
uma investigação que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionada a um “caixa paralelo” para favorecer o ex-presidente e Michelle Bolsonaro. O ministro Múcio disse a aliados que a
decisão foi difícil, mas que ficou “aliviado” com a medida. Também disse que a conversa com Arruda “não foi agradável” por se tratar de uma demissão, mas que segue mantendo respeito e apreço
pelo general. O general Arruda, agora demitido do comando do Exércio, iria trabalhar de maneira remota nos próximos dias porque vai se submeter a uma cirurgia eletiva. Diante do grau de
desconfiança crescente de Lula em relação ao então comandante, Múcio avaliou que o único caminho seria sua demissão.