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ATRIZ ESTARÁ NA PRÓXIMA NOVELA DO GLOBOPLAY, EM 2024, E FALA SOBRE A RELAÇÃO COM O MARIDO, O MÚSICO PEDRO CURVELLO E COMO LIDA COM AS REDES SOCIAIS O desprendimento e o talento natural da
filha, Eva, de 2 anos, em frente às câmeras, assustam Nathalia Dill. “Tento preservá-la, mas não adianta. Ela se joga, adora falar, fazer todo um script, é desesperador. Sempre foi assim”,
diz a atriz de 37 anos, aos risos. A menina, filha de Nathalia com o marido, o músico Pedro Curvello, de 36, ficou com a mãe durante toda a produção de fotos deste ensaio. “Ela amou! Rolou,
puxou meu vestido e não queria ir embora.” A autonomia precoce de Eva também já desapontou a atriz. Aos oito meses, rejeitou a amamentação. “Fiquei arrasada. Não queria ter parado, mas ela
empurrava meu peito. Via outras mulheres amamentando, o que me deixou triste, mas não tive o que fazer”, conta. Mesmo com as dificuldades iniciais, a mãe de Nathalia, a professora e
pesquisadora universitária Evelyn Dill Orrico, ressalta o quão paciente e determinada é a atriz. “Tanto ela quanto a irmã, Julia, que também teve um bebê, são muito cuidadosas e têm uma
disponibilidade enorme, são melhores mães do que eu fui. Sou muito orgulhosa”, garante. Lidar com o jeito tão diferente entre ela e Eva, explica Nathalia, é apenas um dos aprendizados
trazidos pela maternidade. Saber impor limites, ser menos impulsiva ao aceitar trabalhos e rearranjar a rotina tendo a agenda como melhor amiga, inclusive na hora do sexo, foram outros
deles. “É um cronograma complexo. A parte difícil da maternidade é que ela tira a espontaneidade da coisa. Não dá para só pegar e ir transar. Ir para uma festa. Tudo tem que ser planejado.
No último ano, fiquei todos os finais de semana fora de casa a trabalho. Não tenho conseguido viajar a sós com o Pedro”, explica. No entanto, isso é algo de que o casal, que mora no Rio, não
abre mão, quando possível. “Tem um hotel na região serrana que adoramos. Saudades de quando passávamos duas noites por lá”, conta. Os dois se conheceram em 2018, em um show de jazz na
capital paulista. No ano seguinte, ficaram noivos e decidiram ir morar juntos. “Tive sorte e me sinto satisfeito em ter escolhido a pessoa certa para a dividir a vida comigo. Baseamos nossas
decisões sobre a Eva na cumplicidade, essa é a regra do jogo. E somos empáticos um com o outro”, conta Pedro. Nathalia encerrou, recentemente, a temporada do espetáculo “Três mulheres
altas”, com Suely Franco e Deborah Evelyn, o que explica o longo período fora de casa. A passagem do tempo, tema central da história, faz a atriz relembrar do “choque” ao chegar aos 30 anos.
“O etarismo sempre esteve aí. A reação das pessoas, quando dizia minha idade, era: ‘Nossa, mas não parece’. E aí, vem o questionamento... ‘parecer é ruim?’. Era para eu estar acabada? Já
vivi tudo o que tinha para viver?”, diz, reforçando, sem preocupações pessoais, a lógica já conhecida da idade. “Você vai chegar lá e não tem para onde fugir.” A atriz também não foge de
posicionar-se publicamente para defender aquilo que acredita, característica herdada dos pais — ela é filha também do professor e engenheiro Romulo Orrico. No período das últimas eleições
presidenciais, manifestou-se nas redes sociais a favor do presidente Lula; como consequência, foi agredida verbalmente na rua, mais de uma vez. “Sempre acreditei nas minhas escolhas, mas
tudo era muito pesado e violento. Foram ofensas bem intimidadoras”, explica ela. Apesar de não manter uma relação belicosa com as redes, Nathalia ainda olha com certa estranheza para o
funcionamento delas, num eterno jogo de “esconde e revela”, e comenta a invasão de personalidades da internet na atuação. “Não gosto de dizer quem pode atuar ou não. Todo mundo pode
transitar naquilo que quiser. A crítica é se a pessoa não entrega um resultado bom e está ali só pelos algoritmos. A qualidade não pode se perder”, decreta. É o que não faltará em seu
próximo trabalho, “Guerreiros do Sol”. A próxima trama do Globoplay, ainda em fase de produção, marca a volta da atriz quatro anos após sua última novela, “A Dona do pedaço”. “O que posso
adiantar é que vai retratar o cangaço. Estou muito feliz em voltar”.