Vídeo mostra empresário indiciado por importunação sexual abordando menina de 14 anos em hotel de luxo

Vídeo mostra empresário indiciado por importunação sexual abordando menina de 14 anos em hotel de luxo

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IGOR MONTEIRO SIMÃO, DE 26 ANOS, FILHO DE UM DOS COTISTAS DO ESTABELECIMENTO, CHEGOU A TER A PRISÃO PREVENTIVA PEDIDA Um vídeo obtido com exclusividade pelo GLOBO mostra o momento em que o


empresário Igor Monteiro Simão, de 26 anos — indiciado por importunação sexual pela Polícia Civil do Rio — aborda a vítima de 14 anos, no bar da cobertura do Hotel Fasano, em Ipanema, na


Zona Sul da cidade. As imagens exibem o rapaz, de bermuda, sem camisa e descalço se aproximando e colocando as mãos na coxa da menina, que estava acompanhada por uma amiga, também menor de


idade, na noite do último sábado, dia 30. O caso foi revelado com exclusividade pela coluna de Lauro Jardim. * INVESTIGAÇÃO: Vereador do Rio Gabriel Monteiro vira réu por importunação e


assédio sexual * DEPOIMENTO: ‘Uma pessoa como ele não pode ficar impune’, diz ex-assessora de Monteiro, denunciado por assédio e importunação sexual No vídeo das câmeras de segurança do


estabelecimento, Igor aparece, às 22h05, sentando em um sofá ao lado das adolescentes. O empresário conversa e gesticula e as meninas chegam a olhar para trás. Cerca de três minutos depois,


um funcionário do Fasano aparece nas imagens tentando afastá-lo do local. De acordo com o depoimento prestado pela vítima, na 12a DP (Copacabana), Igor estava bêbado quando se sentou ao seu


lado. Ela relatou que moveu as pernas para se desvencilhar e afirmou ter dito a ele que é menor de idade. O rapaz, no entanto, teria continuado com as insinuações, “falando com o rosto cada


vez mais próximo”, “como se pretendesse beijar as amigas” e elogiando que eram “muito bonitas”. * ZONA OESTE DO RIO: Pastor acusado de estupro de vulnerável é preso em Sepetiba Em certo


momento, contou a menina, o empresário perguntou se poderia ficar mais perto delas, embora já estivesse bem próximo. Segundo a vítima, ao perceber a situação, um garçom advertiu Igor, que o


empurrou e ameaçou com as seguintes palavras: "Você sabe quem eu sou?". O rapaz é filho de um dos 67 cotistas — uma espécie de investidor com regalias — do Hotel Fasano. Também na


delegacia, a adolescente afirmou que aproveitou a intervenção para deixar o local. Ao chegar no quarto onde estavam hospedadas, sob cuidados do pai de sua amiga, um empresário paulista,


ambas relataram o ocorrido. A polícia foi acionada na sequência. * FEMINICÍDIO: Elas não são só um número na estatística; as mulheres vítimas do crime este ano no Rio Segundo o registro de


ocorrência, inspetores estiveram no local por volta das 23h50. Apuraram que o suspeito estava na condição de convidado e podia usufruir dos serviços da cobertura — piscina e bar. Igor, no


entanto, não foi encontrado no hotel. Policiais militares foram até o condomínio onde ele mora, no Recreio, na Zona Oeste do Rio, e aguardaram para prendê-lo em flagrante. Acreditam, no


entanto, que ele fugiu em uma BMW que deixou o local por volta das 5h40. A delegada Débora Rodrigues, da 12ª DP (Copacabana), pediu a prisão preventiva do empresário pela "garantia da


ordem pública”, justificando que ele "atrapalhou as diligências na demora da entrega das imagens, as quais "estão com falhas". * ESTATÍSTICA: Em quatro anos, quase mil


crianças foram vítima de estupro por padrastos no estado do Rio O Ministério Público, no entanto, se manifestou contrário à medida. A promotora Luciana Gouvêa argumentou que, como as vítimas


moram em outro estado, é "improvável" que o indiciado "exerça algum tipo de influência". Ela foi a favor do pedido para que ele seja impedido de deixar o país. A juíza


Luciana Halbritter acolheu a argumentação e indeferiu o pedido de prisão. Ao GLOBO, o Fasano Rio afirmou que "agiu com firmeza e dentro dos limites da lei para coibir atitudes


inoportunas de um cliente" e que "um funcionário pediu reiteradas vezes para que o cliente deixasse o hotel, não sendo atendido". Disse ainda que "o cliente chegou a


ameaçar o funcionário e a agredi-lo fisicamente". Em nota, o hotel afirmou que "cedeu as imagens tão logo foram solicitadas por autoridade competente" e acrescenta que elas


"são claras e mostram que o cliente que teve atitudes inoportunas jamais foi protegido ou ajudado por funcionários do hotel". Procurada, a defesa de Igor não se manifestou.