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É + que streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e documentários + reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora Com essas palavras foi concedido o título à
ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, registrado no _Livro Tombo de Ocorrências Históricas da Uerj_. O LIVRO, ESCRITO À MÃO, QUE REGISTRA OS ATOS E ACONTECIMENTOS CONSIDERADOS DE
EXPRESSIVA RELEVÂNCIA HISTÓRICA NA TRAJETÓRIA DA UNIVERSIDADE, AGORA GUARDA O NOME DA PRIMEIRA PESSOA INDÍGENA A RECEBER A HONRARIA MAIS IMPORTANTE DA UNIVERSIDADE. O nome de Sonia Guajajara
está a algumas páginas de distância de outros que também receberam o mesmo título, como o compositor Antônio Carlos Jobim, o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e o artista Gilberto Gil. >> Siga o canal da AGÊNCIA BRASIL no WhatsApp A MINISTRA RECEBEU A HOMENAGEM EMOCIONADA: “COMO DIZ O MARANHENSE, EU TÔ BESTINHA SEM
SABER NEM COMO É QUE SE COMPORTA. A GENTE NÃO SABE SE CHORA, SE SORRI, SE SENTE, SE PARALISA”. Segundo Sônia Guajajara, receber o título de _doutora honoris causa_ é “antes de tudo o
reconhecimento à trajetória coletiva dos povos indígenas do Brasil e do mundo”. A MINISTRA TAMBÉM DESTACOU A RELEVÂNCIA DA UERJ, QUE FOI A PRIMEIRA UNIVERSIDADE PÚBLICA A INSTITUIR O
SISTEMA DE COTAS. Posteriormente, esse sistema viraria lei nacional para todas as universidades federais. > “A Uerj entendeu isso muito antes de muitas outras instituições, > quando há
mais de duas décadas, de maneira pioneira no Brasil > implementou as cotas raciais e sociais", destacou a ministra. "[A Uerj] reconheceu formalmente que o mérito acadêmico não
pode ser separado das desigualdades estruturais que marcam a nossa sociedade. Com isso, possibilitou que milhares de jovens, negros, indígenas e periféricos, ocupassem lugares de produção de
conhecimento e de transformação social”, disse. Diante de um teatro ocupado por estudantes, parlamentares, representantes de movimentos sociais e professores, Sônia reforçou a importância
da presença indígena nas mais diversas instituições brasileiras. “Espero abrir aqui muitos caminhos às crianças indígenas e a toda nova geração que conquista cada vez mais espaços dentro da
nossa sociedade. Sinto uma alegria profunda ao ver a nossa geração ocupando as salas de aulas, os meios de comunicação, as artes, os parlamentos, o judiciário e também os espaços do Poder
Executivo nos municípios, estados e também nos ministérios do Governo Federal”. A MINISTRA DEFENDEU AINDA A DEMARCAÇÃO DE TERRAS E PRESTOU SOLIDARIEDADE À MINISTRA MARINA SILVA, ATACADA NO
DIA ANTERIOR EM AUDIÊNCIA NO SENADO FEDERAL. > “Eu faço aqui esse registro e esse convite para que todas, que > todos vocês abracem esta causa dos povos indígenas nessa luta pelo >
reconhecimento e demarcação dos nossos territórios. Nunca mais o > Brasil sem nós”, finalizou. REITORA DA UERJ, GULNAR AZEVEDO E SILVA, DISCURSA DURANTE ENTREGA DE TÍTULO À MINISTRA DOS
POVOS INDÍGENAS, SONIA GUAJAJARA - TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL Também em discurso, a reitora da Uerj, Gulnar Azevedo e Silva, reforçou a importância do título. “É uma imensa homenagem que a
gente faz hoje para ela, mas para nós é um prazer enorme e é uma honra muito grande poder conceder o título de _doutora honoris causa_ à ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. ESSA É
A PRIMEIRA VEZ QUE A UERJ ENTREGA A UMA PERSONALIDADE INDÍGENA O NOSSO GRAU MÁXIMO DE RECONHECIMENTO, POR CONTRIBUIÇÃO À SOCIEDADE, À CULTURA E À CIÊNCIA”. SEGUNDO GULNAR, A UNIVERSIDADE
CONTA HOJE COM 38 ESTUDANTES INDÍGENAS, INGRESSANTES POR MEIO DAS COTAS SOCIORRACIAIS, DISTRIBUÍDOS EM 24 CURSOS. Os alunos de história Tangwa Puri e de pedagogia Thaís Guajajara, que
estavam presentes na cerimônia, são dois desses estudantes. “Quando uma parente nossa está ali recebendo essa manifestação – que é simbólica, mas também que é muito real –, demonstra que a
gente não precisa só estar na resistência. Demonstra que a gente também está existindo no Brasil, também está recebendo honrarias e reconhecimento dos nossos saberes”, disse Tangwa. THAÍS
COMPLEMENTOU: “A GENTE TEM ALGUÉM QUE NOS REPRESENTA E QUE MOSTRA QUE A GENTE PODE ESTAR LÁ UM DIA. É MUITO IMPORTANTE”. Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente TAGS doutora
honoris causa Sonia Guajajara Uer